sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Até a CNBB cutuca Lula

CNBB editará cartilha eleitoral
Até a CNBB, veja você, meteu a colher no debate em torno do uso eleitoral de máquinas públicas. O presidente da entidade, dom Geraldo Majella Agnelo, disse que é natural que, em fim de mandato, inaugure as obras que logrou erigir. Mas acha que as cerimônias de inauguração não podem se converter em atos de cunho eleitoral.
Dom Geraldo evitou mencionar o nome de Lula.

Descansar é preciso
Vereadores de Itaituba reuniram apenas uma vez após o recesso e só volta a trabalhar uma semana depois do carnaval.

Falando ao término da 20a Reunião do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB, dom Geraldo informou que a CNBB editará uma cartilha para orientar os católicos. Uma das instruções da Igreja será a de que o eleitor deve negar o voto a candidatos enrolados com a prática do caixa dois. Perigosa a orientação. Se levada ao pé da letra, não haverá candidato digno de ser votado.
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Pontificado de Bento 16 mostra a cara
APO rumo do pontificado de Bento 16 foi insinuado ontem. Sem alarde, saiu a primeira fornada de cardeais do novo papa. São 15 ao todo. Assumem no próximo consistório, marcado para 24 de março. A estrela da lista é o arcebispo de Hong Kong, Joseph Zen Ze-Kiun (na foto).

O miúdo Zen Ze-Kiun fez-se gigante na cruzada que empreende em favor da liberdade religiosa na China. Ali, com um rebanho estimado em 12 milhões de fiéis, a Igreja é, do ponto de vista formal, uma ficção.

O governo chinês não tolera senão o funcionamento de uma tal Associação Católica Patriótica, a cujos freqüentadores não é permitido reconhecer a autoridade papal. São inexistentes as relações diplomáticas do Estado do Vaticano com o regime comunista da China.

Em vida, João Paulo 2o sonhou normalizar as relações com a China. Ao enfeitar o monsenhor Zen Ze-Kiun com os paramentos cardinalícios, Bento 16 informa a Pequim que não tem medo da cara feia dos comunistas.

Na Venezuela, o papa foi buscar o monsenhor Jorge Urosa Savino, que ascende ao Colégio de Cardeais nas pegadas da morte do cardeal Antonio Ignácio Velasco, em julho de 2003. A atuação de Savino será chave para o futuro das relações da Igreja com o governo de Hugo Chávez, hoje azedas. Expoentes da Igreja venuzuelana vêm criticando o que chamam de viés “autoritário” de Chávez. O presidente não deixa nada sem resposta. Bate duro.

Savino, o novo cardeal, advoga a tese de que a missão pastoral da Igreja deve prevalecer sobre a política. Diferentemente do caso Chinês, em que o papa mandou sinais para fora da Igreja, na escolha venezuelana Bento 16 fala para dentro. Diz aos sacerdotes que, sob seu pontificado, política é coisa para político.

O pacote de cardeais de Bento 16 inclui também o nome do arcebispo de Boston, Sean O'Malley. Vem a ser o escolhido de Roma para limpar a sacristia da Igreja nos EUA, apinhada de padres pedófilos. Aqui, de novo, o papa fala para dentro. Informa que sexo não combina com celibato. E sexo com crianças é coisa para devassos, nao para servos de Deus.

Por último, há que realçar a inclusão na lista de novos cardeais do nome de monsenhor Stanislaw Dziwisz, arcebispo da Cracóvia. Foi uma espécie de anjo da guarda de João Paulo 2o. Era, por assim dizer, a maçaneta que separava o mundo exterior de Karol Wojtyla, com quem trabalhou por quase quatro décadas, desde 1966.

Mal comparando, Dziwisz estava para Woytyla como madre Pasqualina esteve para o cardeal Pacelli (1939-1958), morto na pele de Pio 12. Antes de descer à cova –ou, se o leitor preferir, antes de subir para os braços do Senhor- Pacelli viu-se às voltas com doenças e alucinações. Pasqualina, misto de governanta e secretária, zelava pelo seu isolamento.

Suspeita-se que, por vezes, a madre tenha vocalizado recados que o papa jamais teve oportunidade de dar. João 23, o sucessor de Pio 12, cuidou de livrar-se dela. O que não impediu Pasqualina de descer à lenda com o apelido de “papisa”.

Dziwisz não chegou a tanto. Mas também administrou com mão de ferro o pórtico que dava acesso ao papa moribundo. Disse ter ouvido, no leito de morte de Wojtyla, as “últimas palavras” de um servo de Deus que muitos na Igreja suspeitavam que deixara de falar dias antes. Ao fazê-lo cardeal, Bento 16 demonstra grandeza de espírito. De resto, informa que, afora a crença nos dogmas divinos, não dá trela para lendas.
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A Simão o que é de Simão
Autor do apelido adotado como bordão da campanha de Geraldo "Picolé de Chuchu" Alckmin, José Simão exige o que lhe é de direito. Leia abaixo trecho do artigo desta quarta-feira do auto-proclamado “esculhambador-geral da República” (na Folha, para assinantes):

“(...) CÓPULA TUCANA! O Ninho das Serpentes! E o Alckmin, que vai basear sua campanha no apelido que eu dei pra ele? Picolé de Chuchu. A campanha vai ser assim: "Brasil vai crescer pra chuchu". "Emprego pra chuchu." E eu vou cobrar os meus direitos autorais. Eu virei o Duda Mendonça, é? Quero meus direitos.

Vou ganhar dinheiro PRA CHUCHU. Aliás, vou ganhar dinheiro DO CHUCHU! E depositado no Caribe! E um bom slogan seria esse: "Vai dar mais que chuchu atrás do Serra". Esse eu dou até de graça! Mas já que eu virei Duda Mendonça, eu tenho um bom slogan pro Serra Vampiro Anêmico: "Serra presidente, tomara que o nosso fiofó agüente". Rarará!
E eu já disse como vai ser a prévia tucana. Bota o Serra e o Alckmin em cima do muro. E ficam dando canelada um no outro. O primeiro que cair será o candidato! Ou então eles podiam fazer campeonato de ficar mostrando língua um pro outro. Quem mostrar a língua mais feia, sai candidato. Do PSDB. Partido dos Socialites Brasileiros.

E eu vi a foto do jantar das múmias tucanas, os faraós, no Massimo. Tavam jantando o Alckmin. Festival do Chuchu no Massimo. Tanto que o site Pumtantam fez uma foto montagem. Serra: "Eu quero um Alckmin todo cortadinho como tira-gosto". FHC: "Eu quero um Alckmin ao molho de trufas com codornas". Tasso: "O meu eu vou querer bem passado". Aécio: "Acho que eu vou ficar no pão de queijo mesmo". Rarará. Bem mineiro. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é duro, mas desce! (...)”


TCM reprova contas de ex-prefeito (Blog do Jeso)
Filiado do PMDB, o ex-prefeito de Juruti Isaías Batista teve a sua prestação de contas, ano 1999, reprovadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios).Ele pode recorrer da decisão.Além da reprovação, Isaías terá que pagar aos cofres públicos do município a importância de R$ 5,3 mil em multas aplicadas pelo tribunal.Cópia dos autos do processo foram remetidas ao MPE (Ministério Público Estadual), "para as providências cabíveis".Não é a primeira vez que Isaías Batista se ver encrencado por causa dos recursos que recebeu do Fundef no seu governo, de oito anos.Ano passado, a CGU (Controladoria Geral da União) constatou que o ex-gestor não aplicou o mínimo de 60% do fundo no pagamento de professores, deixando de aplicar mais de R$ 1,1 milhão em salário para os integrantes do magistério jurutiense.

Um comentário:

  1. E quem não cutuca? Até eu que me considero apolítica...rsrsrsrs Quanto ao Zé Simão, acho mesmo que ele merece ganhar algum por direitos autorais...Não é sempre que ele consegue fazer boas piadas, mas quando consegue, dou à mão à palmatória, me acabo rindo. Se bem que essa implicância toda com o Alckmim às vezes me soa como simpatia reprimida...

    Ps: Obrigada por ter ido ao meu espaço rosado, sinta-se em casa sempre que quiser, abraços.

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