Continua sem solução o caso das 32 famílias que tiveram que deixar suas casas no km 28, sentido Caima, sexta-feira passada. Por ordem da Justiça, que deu ganho de causa ao empresário Jerônimo Pinto, as famílias desocuparam a área, sob os olhares de policiais que não precisaram entrar em ação para que o mandado judicial fosse cumprido.
Os moradores das referidas casas receberam seus terrenos durante o governo do ex-prefeito Benigno Réges, através de sorteio. Contudo, não lhes foi entregue nenhum documento que comprovasse a posse da terra. Jerônimo foi lá, comprou de uma moradora e botou todo mundo para fora.
Lideranças do pessoal desalojado garantem que Jerônimo Pinto comprou apenas um pedaço de terra e grilou o resto, incluindo o local que foi desocupado. A Prefeitura de Itaitaituba informou que não dispõe de documento algum que compomove a posse de um ou de outro. Pudera! A área está totalmente fora do perímetro urbano. Logo, quem tem que dizer se há ou documentação e em nome de quem é o Incra.
Perguntar não ofende. Será que o Jerônimo estava precisando tanto dessa área, ao ponto de deixar ao relento dezenas de famílias que não tinham para onde ir? É a maldita concentração de renda, que aumenta o patrimônio de quem já tem muito e tira o pouco de quem tem quase nada.
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