São Paulo, 4 de Agosto de 2006 - Trata-se de repúdio contra exportadores que vetaram compras de lavoura em novos desmatamentos. Os produtores de soja do Mato Grosso querem manter seu direito de plantar soja na Amazônia, apesar da moratória ambiental anunciada pelos exportadores em 24 de julho.
A moratória prevê suspensão da compra do grão cultivado em novos desflorestamentos no Bioma Amazônico, como resposta à demanda dos importadores. Ontem, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso (Famato) divulgou nota de repúdio à decisão dos exportadores divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
"Não concordamos com a atitude das exportadoras. Não é que pretendemos plantar soja em novas áreas do Bioma Amazônico, mas queremos manter nosso direito de fazê-lo", diz o presidente da Famato, Normando Corral.
O presidente da Anec, Sérgio Mendes, considera "natural" a reação dos produtores. Segundo Mendes, a área plantada com soja no Bioma Amazônico é de 1,15 milhão de hectares, o equivalente a 0,275% do total de 418 milhões de hectares. "Há 30 milhões de hectares de pastagens improdutivas no Bioma Amazônico, onde é possível plantar soja. Não há por que destruir novas áreas", diz Mendes.
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