sábado, setembro 23, 2006

Segundo turno à vista

Alckmin comemora os números que recebeu há pouco da mais recente pesquisa do IBOPE que será publicada amanhã pelo jornal O Estado de S. Paulo:

Lula - 47% (tinha 49%)
Alckmin - 33% (tinha 30%)
Helô - 8% (tinha 9%)
Cristovam - 2% (tinha 2%)
Ana Maria Rangel - 1%

A soma dos adversários de Lula dá 44%.

Aplicada entre 20 e 22 de setembro em 141 municípios do país, a pesquisa ouviu 2002 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo Carlos Marchi na agência Estado, "a vantagem de Lula sobre os demais era de 15 pontos porcentuais na última semana de agosto, chegou a 10 pontos em 8 de setembro, oscilou para 9 pontos no dia 15 de setembro e bateu em 7 pontos no dia 21, desabando agora para 3 pontos.

Todos os movimentos aconteceram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos porcentuais, mas seguem tendências já mostradas em consultas anteriores.

Alckmin tinha 21% em 18 de agosto e depois subiu sucessivamente para 22% (27 de agosto), 25% (1º de setembro), 27% (8 de setembro) e 30% (21 de setembro) e agora 33%.

Em todas estas pesquisas Lula demonstrou estabilidade. Ele tinha 47% (18 de agosto), 49% (27 de agosto), 48% (1º de setembro), 48% (8 de setembro), 49% (21 de setembro) e agora 47%.

A soma dos adversários de Lula tem crescido por conta exclusiva de Alckmin, já que os outros candidatos estão rigorosamente estabilizados.

(...) Na contagem dos votos válidos, Lula se aproxima perigosamente dos 50%, abaixo dos quais já não venceria no primeiro turno: ele tem 52%, depois de ter 60% (em 27 de agosto), 57% (1º de setembro), 55% (8 de setembro), 54% (21 de setembro) e agora 52%.

Alckmin, em sentido contrário, vem subindo progressivamente: tinha 26% (em 27 de agosto) e a seguir, 30%, 31%, 33% e agora, 36%. A soma dos votos válidos dos outros candidatos é de 48%.
Na simulação de segundo turno - que deixou de ser um exercício virtual para se aproximar da realidade -, Lula venceria Alckmin por 50% a 41%. Há cinco dias esse placar era de 52% a 37%.

De lá para cá Lula oscilou 2 pontos para baixo e Alckmin cresceu 4 pontos, bem acima da margem de erro da pesquisa.

Outra vantagem substancial de Alckmin é que, no segundo turno, Lula consegue agregar apenas mais 3 pontos porcentuais além de sua votação de primeiro turno, o que significa que na fase decisiva praticamente só poderá contar com sua própria força.

Enquanto isso Alckmin arregimenta mais 8 pontos no segundo turno, cedidos, naturalmente, por outros concorrentes que, nas últimas semanas, se alinharam decididamente contra Lula e influenciaram os seus eleitorados a votar contra o atual presidente.

Para completar o quadro de notícias preocupantes para Lula, sua rejeição continua subindo, o que era esperado, por causa do novo escândalo que atingiu a sua campanha e o PT. Agora, 30% dos eleitores afirmam que não votariam em Lula de jeito nenhum (28% na pesquisa anterior, três dias atrás).

A rejeição de Alckmin - um dos alvos do dossiê Vedoin - melhorou sua rejeição em 3 pontos (era de 22% e agora é de 19%). Heloísa Helena também reduziu sua rejeição em 3 pontos (de 28% para 25%).

Mesmo assim Lula segue sendo o favorito do eleitorado para vencer em 1º de outubro: 75% dizem que ele ganhará a eleição para presidente da República, enquanto apenas 13% apostam em Alckmin."
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O Estadão comemora, uma vez que faz campanha clara para Alckmin

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