quinta-feira, setembro 14, 2006

WILMAR FREIRE: CONFIO NA MINHA ELEIÇÃO

A edição do Jornal do Comércio que vai circular amanhã à tarde, destacará duas entrevistas finalizando a série de convesas com os candidatos de Itaituba a deputado estadual. Uma com Wilmar Freire e outra com Luis Fernando Sadeck dos Santos - Peninha. Em primeira mão, o blog exibe as duas. Comecemos pela entrevista do Wilmar

Deputado estadual por dois mandatos consecutivos, de 1991 a 1998, Wilmar Freire tenta chegar à Assembléia Legislativa pela terceira vez. Ele fala, em entrevista ao Jornal do Comércio, de seu otimismo quanto às chances de se eleger, do número exagerado de candidatos por Itaituba e do apoio de diversos políticos locais a candidatos de fora.

JC – Já na reta final da campanha, como o senhor avalia suas chances de se eleger?

Wilmar – Muito boas. Eu acredito que tenho grandes chances de me eleger. Sou um candidato muito conhecido e esse é um fator importante numa campanha. Creio que serei muito bem votado em Itaituba e tenho trabalho em diversos outros municípios nos quais existe expectativa de receber boa votação.

JC – Essa é sua quinta campanha para deputado estadual. Em que é diferente das demais?

Wilmar – Em diversos pontos. As mudanças na legislação eleitoral podem ser citadas como uma novidade que tornou a campanha mais igual. Nas campanhas anteriores eu contei sempre com o apoio de meu saudoso pai Wirland Freire, embora na reta final do pleito de 2002 eu o tenha perdido. Agora, estou conduzindo minha própria campanha, com o apoio substancial de amigos que apostaram todas as suas fichas em mim, como é o caso de Valmir Climaco, hoje, uma liderança política local incontestável, de grande prestígio popular, que me tem apoiado, não apenas da boca para fora. É um apoio concreto.

JC – O senhor considera seis candidatos a deputado estadual um número exagerado para
Itaituba?

Wilmar – Com absoluta certeza. O ideal seria que houvesse consenso e saíssem, no máximo, dois candidatos. Mas, não podemos esquecer de que vivemos numa democracia, que dá a todos o direito de disputar uma eleição.

JC – Quem não tem votos em outros municípios tem chance de se eleger?

Wilmar – Não. É preciso que se busquem votos fora porque não dá para se eleger somente com votos de Itaituba, com tantos candidatos daqui e com os de fora que também levarão uma fatia do bolo, que eu espero que seja pequena. Uma preocupação que a gente tem é quanto a possibilidade de haver uma abstenção bem acentuada para os candidatos a deputado estadual e a federal.

JC – Nesse sentido, como vai sua campanha fora de Itaituba?

Wilmar – Vai muito bem. Eu tenho um bom trabalho em Alenquer, onde recebi o título de cidadão alenquerense, em Curuá, município que trabalhei diretamente por sua criação quando era deputado e do qual também recebi o título de cidadão. Além desses dois, tenho um apoio muito bom em Santarém, cidade onde nasci. Lá, estou com algumas equipes fazendo campanha de rua e meu nome é muito conhecido e bem recebido. Trabalho para ter votos em Trairão, Rurópolis, Aveiro, Jacareacanga e Novo Progresso, dentre outros.

JC – Em Novo Progresso o senhor tinha expectativa de ser muito bem votado. Porém, seu amigo, o vereador Adécio Piran lançou-se candidato. Que leitura o senhor faz agora?

Wilmar – É. A candidatura do Adécio não era esperada e foi uma surpresa ruim que me fez rever meus planos para aquele município, onde eu ainda espero ter uma boa votação, mesmo sabendo que a tendência é de que o candidato da terra obtenha a maioria dos votos. Contudo, quero deixar bem claro que, embora sua candidatura represente uma perda para mim, Adécio continuará sendo meu amigo, pois eleição passa, mas, a vida continua. É preciso saber separar as coisas. O mesmo vale para o candidato Paulo Gasolina, que eu esperava que estivesse integrado à minha campanha. Mas, ele decidiu sair candidato, e não é por isso que eu vou deixar de ser amigo dele.

JC – Como o senhor vê analisa o fato de diversos políticos locais com mandato estarem trabalhando com candidatos de fora?

Wilmar – Vejo isso com muita decepção. É lamentável que a maioria dos vereadores esteja trabalhando por candidatos de fora, alguns dos quais mal conhecem Itaituba. O caso do prefeito Roselito Soares é ainda mais grave por se tratar da maior autoridade do Poder Executivo, que deveria ser a grande liderança do município. Ele dá um péssimo exemplo e comprova sua falta de compromisso quando trás candidatos de outros municípios. Um deles só conheceu Itaituba há três meses e é do outro lado do Estado. Como se pode cobrar coerência daqueles que fazem parte de seu grupo, se ele é o primeiro a ir na contramão do momento político que vivemos? É natural que os outros o sigam. Sobretudo quem não tem o comando de sua própria carreira política.

JC – O povo está determinado a votar em candidatos locais?

Wilmar – Isso é o que a gente sente por onde anda e é o que nós temos pregado. Que se vote, preferencialmente, em candidatos de Itaituba, sem hostilizar os que vêm de fora, porque o que não queremos para nós, não devemos fazer a eles. Todos os candidatos de Itaituba buscam votos em outros municípios e esperam ser bem recebidos em todos eles. Então, se a gente pregar a hostilidade a outros candidatos, não podemos esperar acolhida amistosa fora de Itaituba. Mas, tanto aqui, quanto nos outros municípios da região que têm candidatos próprios existe esse sentimento de votar em gente da terra.

JC – Elegendo-se, quais serão suas metas prioritárias?

Wilmar – Um deputado estadual não tem a influência de um deputado federal para pugnar pela criação do Estado do Tapajós. Porém, um deputado estadual tem muito mais condições de exercer pressão do que um cidadão comum; de negociar com parlamentares federais que se identifiquem com a causa para se cria essa unidade federativa que é um velho sonho, importantíssimo para o nosso desenvolvimento. Esse é o único caminho. Eleito, podem ter certeza que essa será uma das minhas fortes metas, sem esquecer de lutar para que as deficiências nos mais diversos setores da vida deste município e da região sejam sanadas.

JC –O senhor acredita em grande renovação dos quadros do Parlamento?

Wilmar – Em nível federal, sim. Por causa dos escândalos que envolveram o Congresso Nacional, sobretudo a Camada dos Deputados, deverá ocorrer uma grande renovação naquela casa. Já na Assembléia Legislativa, não. Nenhum acontecimento extraordinário alterou a rotina da ALEPA e por isso não acredito em grande mudança do quadro atual. Mas, sempre há renovação e isso faz parte do processo político.

JC – Além de acreditar na sua eleição, mais alguém de Itaituba poderá chegar?

Wilmar – Eu confirmo que sou otimista quanto à minha eleição, baseado em fatos reais e não em devaneios. Estou trabalhando muito para alcançar esse objetivo, levando minha proposta política, que é de trabalhar por Itaituba. Creio, também, que o candidato Dudimar Paxiúba tem grandes chances de se eleger, o que será um feito extraordinário para este município e para toda a região Oeste. Eu acho que o partido dele, o PV, deverá conseguir votos para fazer a legenda e ele tem tudo para ser o mais votado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário