domingo, outubro 15, 2006

A desconstrução de Alckmin

Da revista Isto É deste final de semana:

"Agora, a palavra de ordem é desconstruir o candidato tucano Geraldo Alckmin. A decisão foi tomada na segunda-feira 9, em reunião da cúpula da campanha petista, inclusive com ministros que entraram em férias para mergulhar na guerra eleitoral.

Na reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era a personificação de um candidato enfurecido e indignado com o papel protagonizado na noite anterior durante debate na Rede Bandeirantes. Ele sabia que seria atacado, mas não estava preparado para o tom tão agressivo imposto pelo tucano.

“Ele (Alckmin) foi hipócrita. Não tem moral para falar o que disse, e eu vou mostrar isso”, afirmou Lula. O presidente assistiu, acompanhado de assessores, a cada momento do debate.

Irritado, analisou sua própria performance e não ficou satisfeito.Não gostou do resultado de seus olhares perdidos nem de um certo sorriso sem graça exibido enquanto o oponente lhe disparava críticas virulentas e a imagem de ambos era mostrada lado a lado em milhões de lares pelo Brasil afora.

Feita a análise, a mensagem dada pelo próprio Lula aos seus aliados foi cristalina: “É guerra sem trégua”, avisou. Naquele momento, o presidente terminava de alinhavar a estratégia a ser adotada para o segundo turno.

Mas, seguindo orientação do marqueteiro João Santana, publicamente o presidente resolveu adotar o discurso da vitimização: “Foi o dia mais triste da minha vida política”, disse Lula aos jornalistas, referindo-se ao encontro televisivo. “Esperava debater sobre os problemas do País, mas ele preferiu agir como um delegado de porta de cadeia.”


A estratégia para a desconstrução de Alckmin pautada por Lula já está traçada. Os programas de rádio e tevê, as declarações públicas e os demais espaços da campanha serão utilizados para mostrar que há uma contradição entre o que o candidato tucano diz em discursos e a forma como ele age no poder. " Leia mais aqui.
Blog do Ricardo Noblat

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