PT ameaça e diz que PCC foi por inoperância de Alckmin

REPORTAGEM: Val-André Mutran
Brasília: 16/10/2006

Val-André Mutran (Brasília) – O Alto comando da campanha presidencial do PT ameaça o adversário Geraldo Alckmin (PSDB) de inoperância e negligência em relação aos ataques da organização criminosa PCC.

A estratégia será uma reação às acusações dos tucanos sobre a insistência na cobrança sobre a origem do dinheiro para comprar o dossiê que seria compra dos Vendoim para prejudicar a campanha do candidato José Serra (eleito em 1º turno para o governo de São Paulo e de Geraldo Alckmin a presidência.

O escândalo do dossiê, que compromete políticos e dirigentes petistas na operação que resultou na apreensão de R$1,7 milhão de origem ainda desconhecida, volta a ser a principal peça de ataque da oposição à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Freud nega participação - Os partidos oposicionistas ao governo Lula (PSDB, PFL, PPS e parte do PMDB) acreditam que a melhor estratégia para desgastar a imagem de Lula é apertar o governo, acusando a Polícia Federal e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de patrocinarem uma operação-abafa para blindar Freud Godoy, o ex-assessor de Lula.
As investigações revelaram que houve um depósito no valor de R$ 360 mil na conta do “ex-homem que comandava a segurança pessoal de Lula”, uma semana antes da apreensão pela PF, no Hotel Íbis, em São Paulo, do dinheiro que pagaria o dossiê anti-tucano .

Freud Godoy garante que o dinheiro depositado em sua conta foi fruto de pagamento de clientes e que seria utilizado para comprar equipamentos para a empresa de segurança de sua mulher. A justificativa não convenceu os caciques da oposição.

Os petistas finalizam a estratégia para abrir novos ataques no front a duas semanas das eleições. O comando da campanha do PT decidiu que vai continuar disseminando que PSDB, caso vença as eleições vai privatizar o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás entre outras empresas estatais.
Acusarão Alckmin de fracasso na questão da segurança em São Paulo. Os petistas dizem que Alckmin foi complacente em relação ao crime organizado que controla os presídios do estado que governou por quase 12 anos.