Cálculo desenvolvido por especialistas fornece um quadro mais otimista da situação no mundo, mas ainda problemático no Brasil.
Um grupo internacional de especialistas desenvolveu um novo índice para avaliar a situação das florestas do mundo. Com ele, um quadro mais otimista foi encontrado para o planeta. Para o Brasil, no entanto, a situação continua complicada. Ao lado da Indonésia, o país registrou as maiores perdas, em termos absolutos, tanto em quilômetros quadrados de floresta, quanto em metros cúbicos de madeira.
O novo cálculo desenvolvido pelos pesquisadores -- e divulgado na edição desta semana da revistas “PNAS”, a publicação semanal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos -- contabiliza não apenas a área de florestas como também a densidade de árvores por hectare, a biomassa e a quantidade de carbono que é capturada pelas florestas de um país.
A intenção era fornecer uma imagem mais próxima da realidade da situação das florestas no mundo, uma vez que enquanto alguns países, como o Brasil, seguem perdendo quilômetros e quilômetros de mata, outros, como França e El Salvador, estão se reflorestando há décadas. Para eles, o conceito de “cobertura florestal” envolve muito mais do que simplesmente a área coberta por árvores.
Aplicando seus cálculos aos últimos números divulgados pelas Nações Unidas sobre o assunto, no ano passado, os especialistas descobriram que, apesar de toda a preocupação com o desmatamento, a densidade das árvores tem aumentado nos últimos 15 anos em 22 dos 50 países com mais florestas. Nas nações em que Produto Interno Bruto (PIB) per capita passa dos US$ 4,6 mil (o equivalente ao Chile), quanto mais rico é um país, mais verde ele é.
Para os pesquisadores, não é a indústria madeireira a maior ameaça à mata, pois a madeira cortada em uma área pode ser replantada em outra. Segundo eles, o que estimula o desmatamento é a combinação de uma alta densidade populacional com a pobreza -- que obriga a população a entrar na floresta para obter renda rápida através da madeira e para limpar a área para a agricultura.
Para os pesquisadores, não é a indústria madeireira a maior ameaça à mata, pois a madeira cortada em uma área pode ser replantada em outra. Segundo eles, o que estimula o desmatamento é a combinação de uma alta densidade populacional com a pobreza -- que obriga a população a entrar na floresta para obter renda rápida através da madeira e para limpar a área para a agricultura.
Segundo o índice, em termos absolutos, as florestas que mais se expandiram foram as da China e as dos Estados Unidos. Em porcentagem, as maiores perdas de área florestal, entre 1990 e 2005, ocorreram na Nigéria e nas Filipinas, enquanto os maiores ganhos foram registrados no Vietnã, na Espanha e na China.
O índice, por enquanto, serve apenas para o uso dos cientistas. Os pesquisadores esperam, no entanto, que ele mude a maneira com que governos de países e as Nações Unidas conduzem suas políticas ambientais, no futuro.
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