Diário do Pará
Os 10 presos na Operação Rêmora, desencadeada hoje pela Polícia Federal no Pará, vão responder por crimes de falsidade ideológica, formação de bando ou quadrilha, fraude em licitação e sonegação de impostos. Entre os presos figura o filho mais velho do ex-governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), Marcelo França Gabriel, que atuava nos bastidores facilitando as vitórias em licitações de empresas suspeitas junto aos órgãos do governo estadual, onde tinha influência. Na outra ponta estava o empresário Chico Ferreira, preso em Marabá.
Participam da operação 130 policiais federais do Pará, Amapá e Maranhão, além de cinco auditores fiscais da Secretaria da Receita Previdenciária de Belém. Os fraudadores também atuavam criminosamente em licitações para tornar sem justificativas as propostas ou as execuções dos contratos mais onerosas, além de frustrar o caráter competitivo da licitação da qual as empresas investigadas participavam.
Foram cumpridos 10 mandados de prisão e 26 de apreensão e busca expedidos pela 3ª Vara Federal de Belém. Em posse de alguns presos foram encontrados até cinco veículos importados, todos recolhidos, além de armas. Os policiais federais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em residências e escritórios dos investigados na Grande Belém, Marituba e Manaus. As prisões ocorreram para impossibilitar que os fraudadores combinem depoimentos e ameacem testemunhas.
Confira a relação dos presos: Marcelo França Gabriel, 38 anos, preso quando saía do sítio do pai, o ex-governador Almir Gabriel (PSDB), na BR-316; João Batista Ferreira Bastos, o Chico Ferreira, empresário preso em Marabá; Thais Alessandra Nunes, 28 anos; Miguel Thadeu do Rosário Silva, 39 anos; Jorge Ferreira Bastos, 48 anos; José Clóvis Ferreira Bastos, 52 anos; Antônio Ferreira Filho, 46, proprietário da empresa Brasil Service; Fernanda Vanderlei Oliveira, 36 anos, engenheira e filha de Antônio Ferreira; Luiz Fernandes da Costa, que é auditor do Tribunal de Contas do Município e Carlos Maurício Carpez, que foi preso em Manaus.
No total, seis empresas estão sendo envolvidas no esquema, entre elas a Clean Service, Amazônia Service, Brasil Service e Elite Service. Todos cumprirão prisão preventiva, que vai durar 5 dias, e quase todos estão acompanhados de advogados na sede da PF. Segundo o agente Fernando Sérgio Castro, da Polícia Federal, a quadrilha que fraudou licitações junto ao governo do estado do Pará desviou cerca de R$ 9 milhões.
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Meu comentário: Explico os nomes destacados em negrito. Chico Ferreira é conhecido no mundo do futebol paraense. Foi manda chuva na Tuna, nos anos 1990 e teve uma passagem também pelo Paysandu. Ele é um dos donos da empresa Clean Service, essa mesma que tem contrato superfaturado em Itaituba, como faz em outros municípios. O outro nome, Miguel Thadeu é o mesmo Tadeu que jogou, aqui em Itaituba, na mesma época em que por aqui passaram o zagueiro Valber e os meio-campistas Valdo e Beato, que juntamente com ele, brilharam no S. Raimundo de Santarém. Tadeu é braço direito de Chico Ferreira.
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