sexta-feira, novembro 10, 2006

Lideranças cobram compromissos de Ana Júlia

Fonte: O Estado do Tapajós

As lideranças do setor florestal do Oeste do Pará buscam uma união dos empresários para cobrar da governadora eleita do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que cumpra com os compromissos firmados com o setor madeireiro durante a campanha eleitoral. Apesar de considerarem que o governo do PT provocou uma grande crise no setor, a avaliação das lideranças é que Ana Júlia é sensível à situação das empresas e que agora terá maior influência para mediar uma política menos restritiva à atividade no Estado.

O sindicato dos madeireiros do sudoeste do Pará informou que nos últimos três anos quase a metade das serrarias da região fechou por falta de matéria-prima, em virtude do cancelamento de mais de 100 planos de manejo. A crise fez com cerca de 30 mil pessoas perdessem seus empregos, arrasando a economia dos municípios localizados nas rodovias Transamazônica (BR-230) Santarém-Cuiabá (BR-163). O sindicato acredita que o governo estadual, que não interviu diretamente na questão, poderá defender o setor.

Em entrevista ao jornal O Globo, Ana Júlia mandou um recado aos madeireiros: "Quem quiser trabalhar na legalidade vai ter meu apoio", disse, destacando a necessidade de haver uma fase de transição para a regularização. "Quem está há 25 anos sem regularização alguma tem que ter fase de transição, porque há muita gente que quer trabalhar na legalidade, e não podemos atrapalhar isso", ressaltou a governadora eleita, confirmando, por enquanto, as expectativas do setor.

No segundo turno da campanha ao governo do Estado, a então candidata Ana Júlia se reuniu com lideranças empresariais em Belém e assumiu uma série de compromissos, como o de facilitar a liberação dos planos de manejo e de o Estado assumir a gestão florestal, o que já vem ocorrendo no governo de Simão Jatene (PSDB). Ela prometeu mais agilidade na liberação dos projetos e parceria com o governo federal para promover a regularização fundiária, medida que beneficiaria as empresas que possuem manejo em áreas públicas.

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Meu comentário: Vai ser difícil piorar para o setor madeireiro no próximo governo. Almir Gabriel e Simão Jatene foram verdadeiros padrastos para esse setor. Mas, como disse a governadora eleita, ela vai dar uma força para quem trabalhar dentro da lei, pois tem muita gente nesse meio que só que ser depredar. Para esses, que Lei seja dura.

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