O Instituto de Metrologia do Pará ainda não passou por Itaituba, mas, alguns estabelecimentos já começaram a vender o pão por quilo. A reportagem do Jornal do Comércio visitou panificadoras e supermercados e constatou que a Panificadora Pão de Ouro está cumprindo o que determina a portaria do INMETRO e, segundo seu proprietário, Betiel Araújo, a clientela acolheu bem a novidade.
Entre os supermercados, até o fechamento desta edição, somente O Itafrigo estava cumprindo a portaria. Outros deverão seguir o mesmo caminho em poucos dias. No Supermercado Alvorada, no Supermercado Liberdade e na Panificadora Furta Pão, a informação fornecida dá conta de que as providências estão sendo tomadas para que o pão comece a ser vendido a quilo, uma vez que desde o dia 20 de outubro está sendo feita a fiscalização dos estabelecimentos que vendem o pão francês.
O INMEP começou a fiscaliza, primeiramente em Belém, mas, chegará a todos os municípios do Estado. Como Itaituba é um município de porte médio, não tardará a receber a visita do órgão, conquanto acabou o prazo para que padarias e supermercados cumpram a nova resolução que define novas regras para a venda do famoso pão francês ou careca, como é conhecido na capital.
A partir do dia 1º de novembro a Panificadora Pão de Ouro começou a adotar a medida, atendendo, praticamente dentro do prazo para que todos estivessem adaptados à mudança. O produto não pode mais ser vendido por unidade, mas por quilo. A multa para quem descumprir a portaria varia de R$ 100 a R$ 50 mil. Além de verificar a venda no quilo, o IMEP vai avaliar também se a balança é adequada. Tem que ser uma balança que tenha divisão de até cinco gramas, explicou o diretor de Qualidade e de Mercadorias Fracionadas do Instituto, Stélio Tavares.
Outra exigência da portaria é que tanto padarias, quanto supermercado são obrigados a manter em local visível o preço do quilo do pão com letras de tamanho superior a cinco centímetros. A mudança na venda do produto foi determinada, depois que uma série de fiscalizações detectou que o pão vendido na maioria das cidades estava bem abaixo do peso mínimo de 50 gramas. Em torno de 12% do produto avaliado estava fora das especificações. Em quase todo o território nacional a mudança vem sem bem aceita. Contudo, no Rio de Janeiro tem havido muitas reclamações e há até um movimento para que volte ao sistema anterior, o que dificilmente acontecerá.
Em Belém, o vice-presidente da Indústria de Panificação, Elias Pedrosa, garante que todas as padarias associadas têm condições de cumprir a determinação. Nos últimos dias, a entidade está divulgando informações sobre as novas regras. Ainda falta um pouco de divulgação, mas a expectativa é de que as padarias regularizadas cumpram a determinação, disse ele, afirmando que a mudança será boa para o consumidor e também para os estabelecimentos comerciais. Agora, vai se saber exatamente o peso do pão, diz.
Por enquanto, este assunto não teve grande repercussão na Imprensa de Itaituba. Conseqüentemente, o consumidor ainda não despertou para a importância do mesmo. Provavelmente, somente quando um número maior de estabelecimentos estiver cumprindo a norma é que os clientes deverão se manifestar. Em muitos lugares do Brasil a reclamação está sendo feita quanto ao aumento do preço do pão. Comparando o preço de um quilo do produto, antes do aumento com o que está sendo praticado agora, muitos consumidores, Brasil afora, reclamam que houve aumento considerável no preço promovido pelos donos de padarias e supermercados.
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