Lei quer tornar motoristas de ônibus e táxi olheiros da polícia
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Folha
O presidente da Câmara de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo), Silvio Martins (PMDB), sancionou --após omissão do prefeito Welson Gasparini (PSDB)-- lei que permite convênio entre polícia, Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.) e cooperativas de táxi para que os motoristas funcionem como uma espécie de "colaboradores" da polícia, informando a ocorrência de crimes.
O projeto, da vereadora Silvana Resende (PSDB), prevê que os ônibus e os táxis tenham aparelhos de rádio --controlados por uma central-- para que os motoristas se comuniquem entre si e com a polícia para denunciar assaltos, acidentes de trânsito, busca de pessoas desaparecidas e fluxo de tráfego.
As polícias Civil e Militar, de acordo com a lei, podem autorizar a escuta de suas freqüências de rádio. Mas, para a autora da lei, o ideal é que os ônibus e táxis tenham uma central à parte. Segundo Silvana, os motoristas avisariam a central de alguma ocorrência. "O objetivo é diminuir a criminalidade.
Dar mais segurança aos motoristas e aos passageiros."O superintendente da Transerp, Antonio Carlos Muniz, concorda com a vereadora que a medida pode ajudar a prevenir o crime. "Não me oponho, porque eu acho que é bom, pois é um projeto para melhorar o serviço da polícia", disse Muniz.
Silvana disse que o serviço também vale para os motoristas ajudarem a polícia. "Se tem um carro roubado, a polícia pode informar aos motoristas a cor do veículo."A lei prevê que a prefeitura banque, por meio da isenção de impostos, os custos de instalação dos aparelhos. "Não sei se será fácil de instalar o sistema, mas vou lutar para isso", disse a vereadora.Porta-voz do CPI-3 (Comando de Policiamento do Interior), tenente Marco Gritti, disse que, quando o Executivo fizer contato com a PM, o plano será analisado.
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