Apesar de estar sendo chamada de o "o novo Eldorado da Amazônia", a Gruta do Juma não deverá se tornar uma nova Serra Pelada. A opinião é do diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde.
O DNPM, órgão que regulamenta a produção mineral no país, está elaborando um relatório para saber quanto de ouro já foi extraído no local. Segundo Arcoverde, garimpeiros experientes que já estão no local afirmam que a Gruta não deve durar mais que dois meses, principalmente se for mantida a determinação de só permitir a extração manual. "Pelas próprias condições geológicas, a Gruta do Juma não será uma nova Serra Pelada.
Na área já conhecida, só há ouro até apenas dois metros de profundidade. Depois, o que há são rochas e nenhum ouro. Além disso, as prospecções já revelaram que, nas montanhas em volta, também não há ouro além da grota rica". Grota rica é como os garimpeiros se referem ao local onde foi encontrado ouro em maior quantidade. Numa área de menos de um quilômetro, é neste ponto, com cerca de 100 metros, que eles se concentram.
Segundo Arcoverde, não há nenhuma perspectiva de liberar a utilização de máquinas e equipamentos antes de o garimpo ser legalizado. Mesmo depois, a questão terá de ser tratada com a cooperativa de garimpeiros. Arcoverde considera que a medida não seria positiva. "Até pode ocorrer, dependendo das prospecções futuras. Mas isso traria desemprego, além de ter um grande impacto ambiental".
Após visitar o garimpo no último fim de semana, Arcoverde considera-o diferente dos demais que já conheceu. "É diferente dos outros devido à mistura da população que vive na área. Além de garimpeiros tradicionais, há pessoas que nunca haviam trabalhado em uma mina. Há uma outra cultura. Tanto que, até o momento, não houve conflitos". (Agência Brasil)
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