Garimpo atrai 3 mil pessoas
MANAUS (AE) - Um garimpo recém-descoberto no sul do Amazonas já atraiu cerca de 3 mil pessoas em 20 dias ao local. O prefeito da cidade mais próxima, Apuí, a 453 quilômetros de Manaus, teme que o garimpo traga malária à cidade porque está ocorrendo desmatamento, além de prostituição e drogas pela entrada de desconhecidos. “Os hotéis ficam lotados, o que poderia ser bom para o município, mas está assustando os moradores”, disse o prefeito de Apuí, Antônio Roque Longo. O sul do Amazonas é a área mais desmatada do Estado.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) vai enviar hoje técnicos ao local do suposto garimpo clandestino. “Se forem cerca de 3 mil pessoas não teremos como tirá-las da área, mas sim tentar com o órgão federal que o garimpo possa ser legalizado e cessar o desmatamento”, disse o chefe de fiscalização em exercício do Ibama, Mário Jorge.O garimpo fica a cerca de 80 quilômetros ao norte do centro de Apuí, às margens do rio Juma e foi descoberto pelos próprios habitantes da cidade. “Hoje, por exemplo, o hotel já está vazio: o pessoal chega de outras cidades, pernoita em Apuí e cedinho entra na mata com facão para acampar à beira do rio e fazer o garimpo.
No fim de semana devem voltar para vender o ouro e gastar o dinheiro”, contou Cristiane Guido, recepcionista do Hotel Silverado, com 19 quartos, o maior dos dois hotéis do município.“Não é difícil ter garimpos escondidos no meio da selva, mas este é aparente, basta ir às margens do rio. Depois que saírem da área, vai ficar o rastro de destruição”, disse o prefeito. Longo disse que assessores que estiveram no local afirmaram que a área explorada é pequena, de cerca de 3 mil hectares ao longo do Rio Juma, mas que está crescendo com o desmatamento.
De acordo com o geólogo Marco Oliveira, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), não há registros de garimpo legal na região, mas a área é rica em ouro. “Também há ouro detectado às margens de rios próximos ao Juma, como o Acari e o Guariba”, contou. Segundo ele, essas “corridas para o ouro” são comuns no período em que o ouro está valorizado no mercado, como agora.
A reportagem tentou falar com o geólogo Fernando Burgos, chefe no Amazonas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), mas uma secretária informou que ele está de férias e só retorna a Manaus no dia 25 de janeiro.
O DNPM é o órgão federal responsável por legalizar e fiscalizar os garimpos no País.Segundo o prefeito, pela BR-230, a Transamazônica, onde há quatro meses há um pedágio cobrado por indígenas da etnia Tenharim, estão vindo garimpeiros de Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Pará. “Todos passam pela sede do município para comprar mantimentos e bebidas alcoólicas”, afirmou o prefeito. “O pedágio foi nosso primeiro grito de socorro, agora é o garimpo, mas estamos aqui esquecidos pelo governo federal”.
Fonte: Diário do Pará
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Comentário do amigo Jubal Cabral Filho sobre a notícia acima:
Alguém, com conhecimento das leis minerais necessita ensinar ao colega geólogo que garimpo legal é um incentivo à desobediência coletiva implementado pelo Governo Federal, tal qual foi feito em Serra pelada.
A Constituição Federal, desde sua promulgação determina que é crime a extração de minerais garimpáveis sem a devida permissão e passou a responsabilizar os titulares de pesquisa e lavra pelos danos causados ao meio ambienteEntão vamos continuar brincando do faz de conta com as leis no Brasil.
Papai Noel definitivamente existe na CPRM.
Alguém, com conhecimento das leis minerais necessita ensinar ao colega geólogo que garimpo legal é um incentivo à desobediência coletiva implementado pelo Governo Federal, tal qual foi feito em Serra pelada.
ResponderExcluirA Constituição Federal, desde sua promulgação determina que é crime a extração de minerais garimpáveis sem a devida permissão e passou a responsabilizar os titulares de pesquisa e lavra pelos danos causados ao meio ambiente
Então vamos continuar brincando do faz de conta com as leis no Brasil.
Papai Noel definitivamente existe na CPRM.