sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Amazônia ganha destaque por causa do aumento do desmatamento na região

A informação de que cresceu o desmatamento na Amazônia no último semestre de 2007 fez com que a região passasse a ocupar generosos espaços na imprensa brasileira e mundial. Esta semana, por exemplo, foram publicadas vários artigos, editoriais e matérias. De acordo com a “Fola de S, Paulo”, a Amazônia Legal poderá ter sua área reduzida em até um quarto, caso dois projetos de lei que tramitam no Congresso sejam aprovados. As propostas pedem a retirada de Estados da área. Os excluídos seriam Mato Grosso, principal foco do aumento da devastação medida pelo Inpe nos últimos cinco meses de 2007, Tocantins e parte do Maranhão.

Em toda a Amazônia Legal, as propriedades rurais precisam manter reservas de 80%, segundo a legislação. Produtores rurais e um dos autores dos projetos argumentam que a vegetação desses Estados não é formada em sua maioria por floresta amazônica. Também afirmam que a conseqüência das atuais regras leva produtores rurais ao prejuízo. Ambientalistas, no entanto, temem que, com uma mudança, a degradação das matas se agrave ainda mais, ressalta o jornal paulista.

'Desmatamento não é uma conjuntura, e sim uma doença crônica. Medidas de cunho emergencial podem sair pela culatra. Não há como resolver um problema complexo -o da expansão da fronteira- no curto prazo. A fronteira é móvel e dinâmica. Para estancá-la, é necessário concentrar as atividades agropecuárias nas áreas já desmatadas. Medidas de proibição de atividades em alguns municípios tendem a estimular o seu deslocamento. Fundamental é evitar que o crédito continue fomentando a devastação. Se o BNDES ou o Banco Mundial continuarem a subsidiar obras de infra-estrutura que estimulam a grilagem ou a ampliação da capacidade dos frigoríficos, sempre haverá alguém na ponta com uma motosserra', dizem em artigo n mesma “Folha”, Fabio Feldmann e Roberto Smeral.

Em editorial, o jornal “O Estado de S. Paulo” afirma: 'Na Região Amazônica está o maior potencial de desenvolvimento de projetos hidrelétricos de grande porte, estimando-se a possibilidade de ampliar em até 90 mil MW a capacidade instalada de geração do País, o que equivaleria a quase dobrar a capacidade atual. A concessão da Usina de Santo Antônio teve que vencer a resistência dos ambientalistas. Isto acontecerá também com a Usina de Jirau e com as linhas de transmissão, que ligarão as usinas do Madeira ao Sistema Interligado Nacional, para que a energia possa chegar às áreas industrializadas. Cabe ao MME e à Aneel definirem, com rapidez, o projeto básico e o edital da linha de transmissão, que poderá ser um dos obstáculos capazes de retardar a entrada em funcionamento das usinas do Madeira'.

Matéria completa, no site http://www.paranegocios.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário