sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Editorial

Desde quinta-feira, 24 de janeiro, que a torre de controle de tráfego aéreo de Itaituba não funciona mais. O serviço foi desativado pela Infraero, empresa que administra o mesmo em todo o território nacional, além de ser responsável, também, pela administração de aeroportos. Não é o caso do de Itaituba, sob a responsabilidade do município.
A alegação para a desativação da torre de controle é o baixo movimento do aeroporto local, sobretudo após a saída de algumas empresas que tinham vôos regulares para cá, como era o caso da Total e da Puma Air. Basicamente, restaram a Rico, a Meta e a Cruiser, além de algumas aeronaves de pequeno porte, o que segundo a Infraero não justificaria a permanência do serviço de controle de tráfego aéreo.
Olhando-se friamente para os números conclui-se que a empresa tem razão. Principalmente, se for levado em conta que há uma carência muito grande de controlares de vôo em diversas cidades brasileiras de grande porte, para onde estão sendo transferidos os profissionais que ficaram sem ter o que fazer aqui. Todavia, não se pode negar que se trata de um enorme retrocesso para a aviação regional, um verdadeiro grande passo atrás.
Uma fonte da Infraero informou que faltou empenho político. Se a classe política tivesse se mexido, talvez a torre não tivesse sido dasativada. Mas, no começo de fevereiro a Câmara Municipal reiniciará seus trabalho, quando algum vereador fará discurso inflamado, até apresentando requerimento que será aprovado por unanimidade, exigindo que a direção da Infraero venha a Itaituba para dar explicações e cobrando a volta do serviço. Mas, será tarde, pois o que está feito não vai ser desmanchado. Agora, não adianta jogar para a platéia. O controle de tráfego aéreo já é coisa do passado em Itaituba.

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