O aperfeiçoamento da legislação eleitoral vem provocando mudanças consideráveis na maneira de se fazer campanha política, como pode ser facilmente comprovado no dia-a-dia da campanha deste ano, que vive seus últimos momentos. Os hábitos enraizados, tanto em candidatos, quanto em eleitores, precisam ser readequados dentro da nova realidade.
O visual da cidade de Itaituba ficou bem menos poluído, em comparação com campanhas anteriores, nas quais se pintavam incontáveis muros, muitos deles com 30 ou até 50 metros de comprimento. Havia acirrada disputa por esse tipo de espaço de divulgação. As lojas de material de construção vendiam muita tinta para esse fim, nesse período, e os pintores tinham um bom reforço no orçamento, trabalhando do nascer ao por do Sol. Tempos houve em que a mão de obra ficou escassa, sendo muito concorrida.
Este ano, o que se vê são pequenas pinturas, consonantes às novas exigências legais, ocupando muito poucos profissionais. Em contrapartida, os candidatos investiram pesado nos adesivos com suas propagandas, colocados em veículos dos mais variados tipos. Evidentemente, quem tem mais recursos, que tem mais carros, tem tido mais chance de fazer seu nome e seu número circular pelas ruas da cidade. Os que não possuem carro, ou moto, no caso os candidatos a vereador, esses precisam se desdobrar para vencer a concorrência.
Mas, nem tudo tem sido favorável ao eleitor, no que diz respeito aos excessos de campanha, nesta eleição de 2008, pois, se de um lado diminuiu a poluição visual, de outro, aumentou muito a poluição sonora da campanha. As reclamações surgem de toda parte contra o barulho ensurdecedor que tomou conta das ruas de Itaituba.
Em muitos momentos, sobretudo no centro da cidade e no centro comercial do bairro Bela Vista, trios elétricos e outras parafernálias eletrônicas de propaganda, seguem um atrás do outro, mais irritando quem se encontra nas casas ou nas lojas, do que conquistando votos para quem fazem campanha. Há situações em que falta bom senso, ou quem sabe uma melhor orientação aos condutores de tais veículos. Muitos são os casos em que fica claro que o candidato acha que, quanto maior o barulho que fizer, maiores serão suas chances de ganhar votos, em detrimento de uma melhor qualidade sonora, assim como do texto apresentado.
Houve cidades em que o juiz eleitoral tomou a iniciativa de convidar partidos e coligações para conversar a respeito dos excessos sonoros. Em algumas foi feito acordo entre todas as partes sobre os decibéis que deveriam ser observados em cada carro de propaganda. Onde o acordo foi cumprido, ninguém saiu prejudicado na divulgação de sua campanha, e a população aplaudiu agradecida. Bem que isso podia ter acontecido em Itaituba, pois aqui o volume tem estado sempre no limite máximo.
O pleito de 2008 está na sua reta final. Não dá mais tempo para consertar alguns desacertos que foram detectados, como esse da poluição sonora, por exemplo. E quando chegar a próxima campanha eleitoral, nem candidatos, nem eleitores lembrar-se-ão mais dessa barulheira ensurdecedora que tomou conta das ruas da cidade. A esperança reside na crescente conscientização da população, a qual, sentindo-se prejudicada, ou incomodada, deve manifestar-se para que sejam impostos limites toleráveis e civilizados de volume nos carros de propaganda. Vai ser bom para todo mundo.
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