quinta-feira, abril 16, 2009

APAE Energia tem dado certo para Itaituba

A APAE Itaituba é, reconhecidamente, uma das que dispõem das melhores instalações em todo o Estado do Pará, além de estar entre as que melhor funcionam. No momento a entidade é presidida pela senhora Rita Lima, que se dedica, voluntariamente, em regime de tempo integral. Ela falou com a reportagem do Jornal do Comércio sobre o momento atual da entidade.
A presidente informou, que para se manter, a APAE conta com a participação de algumas categorias de colaboradores. A primeira é a dos pais, que é um associado que tem direito a voz e voto, pode participar de diretorias, devendo contribuir com R$ 15,00 mensais. Mas, nem todos pagam. Somente, menos de um terço deles pagam regularmente, apesar do estatuto da entidade estabelecer que todo o dinheiro recebido do Benefício da Prestação Continuada (BPC) deve ser utilizado em questões dessa ordem. Ocorre que muitas famílias usam esse recurso para sua manutenção.
Outra categoria é a do associado amigo, cuja maioria é composta de médicos, que ajudam com quanto quiserem. Há, ainda, uma importante fonte de captação de renda, que é a APAE ENERGIA, que está em vigor. Nessa, cada associado determina quanto quer doar mensalmente. O valor já vem incluído na fatura de energia elétrica. A APAE Itaituba, através dessa campanha, conseguiu uma média de R$ 4.000,00 por mês, ano passado, dinheiro que tem ajudado demais na manutenção da entidade. Em dezembro de 2008 o repasse foi de R$ 4.527,00. Há variação de um mês para o outro.
No caso de Itaituba há uma oscilação bastante grande em alguns momentos, em função das transferências de militares do 53º BIS, que tem um número bastante expressivo de contribuintes. Outro problema que houve em Itaituba foi por causa de falsas ligações telefônicas de pessoas que falam que passarão nas casas. Os usuários do serviço de energia elétrica ficam desconfiados e deixam de ser incluídos entre os colaboradores. É bom chamar atenção para esse detalhe. Ninguém está autorizado a fazer esse tipo de serviço, a não ser uma empresa do Espírito Santos, que faz o trabalho para as APAEs de todo o Brasil. Essa é uma campanha muito séria, em parceria com as concessionárias do serviço de energia elétrica, que tem sido muito importante e que tem ajudado muito a entidade. No Pará a APAE Energia conta com a parceria da Rede Celpa.
No começo da campanha, muitos usuários não entenderam direito como participar. Provavelmente, muitos achavam que se tratava de uma única parcela, pois autorizavam que fosse descontado um valor alto. Quando chegava o desconto a partir do segundo mês, o contribuindo ficava nervoso e mandava cancelar. Mas, hoje em dia esses valores foram ajustados e não há mais informações de novos problemas.
Com recursos do APAE Energia, foi possível fazer uma grande manutenção no ônibus que transporta os alunos. Foram mais de R$ 15 mil reais. Também foi com esse dinheiro que foi possível fazer algumas adaptações no prédio. Foram trocadas algumas janelas para tornar o local mais arejado para diminuir a umidade.
“Atualmente, nós estamos com uma média de 165 alunos. Chegamos a ter 320. Graças à inclusão, a maior parte desses 155 está hoje na rede pública de ensino. Logo que começou a inclusão nós encaminhamos 40 alunos. Inclusão essa que tem funcionado muito bem na questão social. Hoje, as pessoas já não se chocam tanto quando vêem na rua um semelhante com algum tipo de problema. Na questão educacional, no Ensino Fundamental, a coisa vai indo muito bem. Não é o que acontece no Ensino Médio, no qual temos uma defasagem total de educadores que dêem um suporte para os alunos que vão para o ensino médio, que é de responsabilidade do Estado”, disse Rita Lima.
Quanto ao interesse da comunidade pelo trabalho da APAE, Rita Lima disse que a entidade é procurada por pessoas que tem alguém com algum tipo de necessidade especial na família. Isso se deve à curiosidade, e às vezes, à necessidade de ter informações sobre o assunto. Mas, de um modo geral, ainda é pequeno o interesse pela maior parte da comunidade itaitubense. Citou ela o caso do professor Gilmar Serra Pinto, ex-comandando do 53º BIS, que costuma levar alunos seus para conhecer o trabalho da APAE. Também lembrou do interesse do professor Jadir Fank, diretor da FAT, que já convidou a direção da entidade para fazer palestra na faculdade, a fim de que os alunos conheçam o trabalho que é desenvolvido.

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