sábado, março 06, 2010

Polícia!

Na edição 97 do Jornal do Comércio eu publiquei um artigo meu a respeito da situação caótica em que está a segurança pública em Itaituba, especialmente no que diz respeito à Polícia Civil, que decididamente não anda funcionando por aqui, com raras e honrosas exceções. A ineficiência da mesma assusta e preocupa a população deste município.

Como eu não postei o referido comentário, o faço agora, porque ele continua atual. ----------------------------

Socorro!

O que está acontecendo com a polícia de Itaituba, que não consegue botar atrás das grades, assaltantes que tem agido com a maior tranqüilidade?
No final do ano passado e no começo de 2010 aconteceram alguns assaltos à mão armada, cujas vítimas foram sempre comerciantes. Assim foi com Lourenço Gomes Coutinho, do Varejão Combate, com José Bezerra da Silva Júnior, proprietário da empresa Produtos Shyane, com Manuel Nery de Alcântara, do Cacau Lanche, para citar apenas três, pois houve outros assaltos.

Todas as vítimas com as quais eu conversei foram unânimes em afirmar que resolveram deixar o problema de lado, porque não sentiram da parte da Polícia Civil, o empenho que esperavam diante de uma situação como essa.

Não é de hoje que a gente sabe que a Polícia Civil trabalha com muitas limitações, seja de pessoal, seja de equipamentos, principalmente veículos em condições adequadas para desempenhar bem o seu trabalho. Porém, quando isso aconteceu antes, não faz muito tempo, o então delegado titular da 19ª Seccional sempre informou a comunidade o que estava ocorrendo. Assim fizeram os delegados Nelson Silva e Tiago Rabelo.

Mais de uma vez, tanto a Câmara Municipal, quanto outros órgãos da comunidade itaitubense se manifestaram, pedindo ao governo do Estado do Pará, providências urgentes no sentido de aparelhar a Polícia Civil a fim de que essa pudesse cumprir bem sua missão de tirar os bandidos de circulação. Atualmente, não se ouve esse tipo de reclamação. Daí, somos levados a pensar que deve estar tudo bem no que diz respeito ao quadro funcional e à infra-estrutura.

Seja o que for que esteja acontecendo, tem algo que não está funcionando direito. Não fosse assim, cidadãos de bem, trabalhadores que ralam de sol a sol, não estariam deixando de lado os assaltos que sofreram, porque deixaram de acreditar que a polícia seria capaz de prender os meliantes. Isso não é bom.

No caso do Lô (Varejão Combate), o bandido chegou a disparar bem perto do seu ouvido esquerdo, provavelmente para assustar, pois ele estava junto ao comerciante e a bala pegou numa telha. O susto foi enorme e a solução para o caso, nenhuma, até agora.

Existe, também, a recorrência do problema dos carros, sobretudo camionetes, transformadas em verdadeiras boates ambulantes, que a ronda da Polícia Militar raramente incomoda. Há duas semanas parou na Rua Hugo de Mendonça, entre Victor Campos e Paes de Carvalho, um carro com um som tão alto, mas, tão alto, que fazia as janelas da redondeza tremer. Alguém avisou a PM, que chegou em poucos minutos e botou ordem. Mas, infelizmente, essa ação foi uma exceção.

O coronel Godinho, quando chegou a Itaituba, iniciou um bom trabalho para coibir esse tipo de abuso. Em entrevista ao Jornal do Comércio ele disse que não daria tréguas a esse pessoal das boates ambulantes. Contudo, lamentavelmente, as ações comandadas por ele duraram muito pouco e a bagunça voltou com força total.

Da mesma forma, no trânsito as coisas não vão lá muito bem. Não sei se é por causa da aproximação do período eleitoral que o pessoal da Diretran praticamente sumiu das ruas. Os agentes daquele órgão começaram a fazer um trabalho muito bom, sem muito alarde, quase que diariamente. Deu bons resultados, pois muitos carros e motos irregulares foram tirados de circulação. Mas, o ritmo foi diminuindo, diminuindo, até quase parar.

A Comtri tem estado nas ruas, mas, tem enfrentado muita resistência de condutores desordeiros. Os agentes vêm sofrendo ameaçados diretas e constantes. Eles reclamam que a Polícia Militar não lhes dá a devida cobertura diante de situações de risco enfrentadas. Até mesmo a Polícia Rodoviária Federal não tem estado com tanta freqüência na Rodovia Transamazônica, como fez no ano que passou.

Alguma coisa precisa ser feita para que esses órgãos ligados à segurança pública voltem a funcionar plenamente, como esperamos nós, cidadãos cumpridores dos nossos deveres. Os que fazem parte desses órgãos precisam se lembrar, sempre, que são servidores públicos, portanto, pagos com os impostos que nós recolhemos. Infelizmente, não é assim que muitos deles agem.

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