A campanha eleitoral aqui em Itaituba ainda nem esquentou direito, mas já foi o suficiente para expor a fragilidade política do grupo liderado pelo prefeito Valmir Climaco. As divergências vão se aflorando dentro do núcleo do governo na medida em que os interesses de cada um dos seus integrantes mais graduados começam a caminhar para rumos diferentes.
Isso reforça a tese tantas vezes por nós enfatizada, sobre a ausência de um verdadeiro líder político no nosso município. Foi assim na época do ex-prefeito Roselito Soares e agora a historia se repete com Valmir Climaco e, nesse caso é ainda mais evidente a falta de um maior preparo político do prefeito para lidar com esse processo, para conduzir o seu grupo sem dispersão, transformando-o numa equipe que possa gerar resultados práticos para a população e dividendos eleitorais para o seu governo.
Outro problema que se percebe é que o prefeito ainda não conseguiu se desvencilhar dos hábitos de patrão, adquiridos ao longo dos anos na iniciativa privada. Só que na vida publica a coisa é bem difrente e o prefeito precisa urgentemente assumir o papel do lider democratico que governa um dos maiores municipios do estado e esse oficio, lhe impõe ao convivio com pessoas de idéias e pensamentos diferentes, que o prefeito não é necessariamente obrigado a acatar, mas deve ouvir e respeitar as opiniões contrarias às suas.
Pois é agindo dessa forma que um lider se diferencia do chefe e mantém a harmonia e a unidade politica do seu grupo. Mas querer que o prefeito de uma hora para a outra passe a ter todas essas qualidades me parece ser, exigir além do limite de quem se acostumou a impor a sua vontade sem ser questionado por ninguem.
É com essa visão estreita de fazer politica que a maioria dos ex-prefeitos, cada um à sua época e agora Valmir Climaco acabam adotando equivocadamente a mesma estrategia de cercear o surgimento de novas lideranças, com medo talvez que alguém possa sair fortalecido das urnas e depois se tornar uma ameaça ao próprio reinado do prefeito.
Isso certamnte tem sido uma das barreiras que o municipio vem enfrentado nos ultimos anos para eleger um representante que defenda os nossos interesses em nivel estadual. O argumento acima ganha ainda mais força quando vemos que o ex-prefeito Roselito Soares diante do seu iminente impedimento de ser candidato opte por colocar a sua mulher para lhe subistituir na disputa por uma vaga na assembleia legislativa do estado.
Sem nenhum demérito ou qualquer tipo de precoceita contra a ex-primeira dama, mas convenhamos, será que entre os aliados do ex-prefeito não haveria outro nome que pudesse ser apresentado ao eleitor como uma opção mais viavel para essa disputa?
A hipótese por mais absurda que possa parecer nos leva a deduzir que pela forma como com esse processo sempre é conduzido nem Rosleito Soares quando era prefeito e muito menos agora Valmir Climaco demonstram real interessse em eleger algum candidato e como nos ensina o pensador e sociologo alemão Max Weber que o carisma de algumas autoridades dura somente enquanto elas estão no poder.
Isso talvez explique a liderança efemera da maioiria das nossas auotridades politicas e o exemplo mais bem acabado dessa afirmação é Roselito Soares que quando estava na prefeitura tinha o maior grupo politico da região, com a maioria dos vereadores ao seu lado e agora fora da prefeitura amarga o ostracismo do pós-governo.
*Artigo do jornalista Weliton Lima
Parente, parabenizo o amigo Weliton pelo sábio e excelente comentário. Só temo que ele ainda leve o pescoção do prefeito Valmir Climaco... Lamentavelmente o processo político em nossa terrinha continua caminhando a mercê da realidade, espero que a população enchergue isso e faça valer seu verdadeiro intento. A vontade popular. Porque até agora estão sendo manipulados por interesses de pessoas que não tem compromisso com o crescimento e desenvolvimento da região. Um abraço.
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