Quarta-feira, 28 de julho, meu irmão Santino Soares completou 40 anos ininterruptos de rádio. Ele começou na Rádio Rural de Santarém, onde conseguiu se impor por seu inquestionável talento.
Quero explicar, antes de falar um pouco mais de Santino, que quando o chamo de irmão, não estou exagerando, pois embora não tenhamos sido gerados pelo mesmo pai, nem pela mesma mãe , nossa ligação afetiva transcende ao conceito simples de amizade.
Eu já morava na Avenida Presidente Roosevelt, que poucos anos depois passaria a se chamar Marechal Rondon. Vivia com meus avós, Seu Praxedes e Dona Olendina, que ganhavam a vida tocando uma mercearia.
Em frente minha casa, moravam uns vizinhos que eram muito amigos dos meus velhos, o Seu José e a Dona Ana Pinheiro, tios de Santino. Foi na casa deles que o Santino foi morar, recém chegado de Juruti. O objetivo da mudança foi dar continuidade aos estudos.
Em muito pouco tempo ficamos amigos. Invariavelmente saíamos juntos na ainda pequena Santarém. Assistimos a quase todos os filmes que o Cine Olímpia exibiu em Santarém entre os anos 1970 e 1973.
Não sei se meu amigo vai gostar de lembrar disso, mas, certo dia, alguns meses depois dele já estar empregado com carteira assinada pela Rádio Rural, surgiu certo ciúme de lideranças jovens da igreja do Santino. Ele ficou meio inseguro diante da pressão. E, como não poderia deixar de acontecer, ele me procurou para pedir minha opinião a respeito daquela situação, dando a entender que estava balançando.
Meu amigo, disse eu, você não está fazendo nada errado. Você é um trabalhador, cujo salário está ajudando a manter sua casa. As pessoas que estão preocupadas o seu sucesso, de algum modo, vão lhe ajudar a repor essa perda, caso você sai do emprego em que está?
Não tenho dúvidas que minhas palavras foram importantes, conquanto, se fosse ao contrário, eu levaria muito em conta o que Santino me dissesse, ao lhe pedir algum conselho, como aconteceu várias vezes no decorrer da vida.
Fomos sempre muito próximos, mesmo estando fisicamente tão distantes nos últimos anos.
Meu irmão Santino, você venceu, você é um vencedor, é um exemplo a ser seguido por essa juventude que está chegando agora ao rádio. Espero que a gente continue tendo oportunidade de admirar o seu talento por anos a fio.
Parabéns, Santino, mas, parabéns, também, para essa mulher guerreira que é a Suzana, que superou a todos os obstáculos para estar ao seu lado. E parabéns para esses filhos maravilhosos que você tem, os quais só devem ter um sentimento com relação ao pai: imenso orgulho!
Peço desculpas ao amigo por não ter feito isso antes, em virtude de ter passado esta semana toda adoentado, tendo ficado inativo por alguns dias. Ainda estou me recuperando.
Foto: Jota Parente e Santino Soares, dia 26 de abril passado, na casa dele, em Belém
Parente querido amigo, com essa materia sobre o Santino, apesar de não sermos contemporâneos em qualquer que fosse a atividade me era agradavel ouvir voces no radio, conheci voce nos programas esportivos e o Santino Soares em progrmas de interação com a juventude no inicio de sua carreira. Lembro-me até que ele tinha um vozeirão e comandava um programa denominado San- Soares ou era chamado dessa forma. Outro assunto que me chamou a atenção foi voce referir-se aos seus avós Praxedes ou "Seu Prexedes" e Dona Olendina que era com eles que comprávamos produtos de mercearia. Lembro com saudades desse tempo onde o casal de comerciantes ja idosos na época aviavam para alguns bons vizinhos produtos comestiveis fiados, e revelavam serem honestissimos pois o casal inventou uma pratica mais que honesta em atender as compras com atendimento fiado, o produto que fosse comprado era anotado em dois cadernos um do comercio deles e outro no caderno do favorecido que o levava de volta com as compras. Sua materia fez-me recordar esses momentos ja tão distantes mas tão importantes em minha vida. Minha casa fazia fundos com a do seu vô Prexedes, e sempre que precisava abria uma brecha na cerca de estaca e emprestava escondido é claro, algumas macaxeiras que saboreávmos tambem escondidos de nossos pais.
ResponderExcluirParabens por trazer a lembrança coisas tão importantes para nossas vidas. Ah tá pelo desenrolar dessas coisas devo distar de voces uns 8 a dez anos.
Parente querido amigo, com essa materia sobre o Santino, apesar de não sermos contemporâneos em qualquer que fosse a atividade me era agradavel ouvir voces no radio, conheci voce nos programas esportivos e o Santino Soares em progrmas de interação com a juventude no inicio de sua carreira. Lembro-me até que ele tinha um vozeirão e comandava um programa denominado San- Soares ou era chamado dessa forma. Outro assunto que me chamou a atenção foi voce referir-se aos seus avós Praxedes ou "Seu Prexedes" e Dona Olendina que era com eles que comprávamos produtos de mercearia. Lembro com saudades desse tempo onde o casal de comerciantes ja idosos na época aviavam para alguns bons vizinhos produtos comestiveis fiados, e revelavam serem honestissimos pois o casal inventou uma pratica mais que honesta em atender as compras com atendimento fiado, o produto que fosse comprado era anotado em dois cadernos um do comercio deles e outro no caderno do favorecido que o levava de volta com as compras. Sua materia fez-me recordar esses momentos ja tão distantes mas tão importantes em minha vida. Minha casa fazia fundos com a do seu vô Prexedes, e sempre que precisava abria uma brecha na cerca de estaca e emprestava escondido é claro, algumas macaxeiras que saboreávmos tambem escondidos de nossos pais.
ResponderExcluirParabens por trazer a lembrança coisas tão importantes para nossas vidas. Ah tá pelo desenrolar dessas coisas devo distar de voces uns 8 a dez anos.