Lendo as notícias do blog do amigo Jubal, deparei-me com uma informação a respeito de um projeto de lei pra lá de polêmico a respeito do qual fiquei pensando. Hoje me toquei que deveria ter colocado a matéria aqui neste espaço, o que faço agora.
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Limitando velocidade
A Câmara analisa o Projeto de Lei 7608/10, do deputado José Chaves (PTB-PE), que determina o uso obrigatório, em motocicletas, motonetas e ciclomotores, de um dispositivo para limitar a velocidade a no máximo 60 quilômetros por hora.
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O objetivo, segundo o autor, é dar mais importância às vidas dos motociclistas do que à agilidade dos deslocamentos.Chaves ressalta que, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 7 de cada 100 acidentes com automóveis têm vítimas, e no caso das motocicletas essa proporção é de 71 para 100. Além disso, de acordo com o IPEA, os acidentes envolvendo motocicletas custam ao Brasil cerca de R$ 685 milhões por ano.
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Esses números revelam a gravidade do problema, gerado, em grande parte, pela velocidade desenvolvida por esses veículos, que coloca os seu condutores em situação de risco permanente”, afirma.A proposta muda o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e dependerá de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
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Meu comentário: Entendo a preocupação do deputado. Porém, ele é daqueles que preferem matar o doente para curar a doença, em vez de procurar outras soluções.
Se o Brasil é campeão mundial em número de acidentes de trânsito e de mortes, a culpa não pode ser imputada às máquinas, sejam carros ou motos, cada vez mais seguros. O problema é a enorme falta de educação dos nossos condutores, tanto no que diz ao excesso de velocidade, quanto à mortal mistura de álcool com direção.
Se ninguém leva isso a sério é por causa da leniência das nossas leis, em parte, e da falta de rigor da nossa Justiça.
Nos países que ostentam índices civilizados de mortes por acidentes, as leis, além de rigorosas, são aplicadas, são cumpridas. Não existe outro caminho.
Então, em vez do deputado estar propondo isso, com a melhor das intenções, imagino, seria muito mais produtivo que ele iniciasse uma campanha para mudar esse modo de encarar os crimes de trânsito como infrações de menor gravidade.
Já pensaram como ficarão multinacionais como Honda, Yamaha, Suzuki e outras, se tiverem que sair com suas motos com limitação de 60 km/h como velocidade máxima? Quem ousria comprar uma moto acima de 70 cilindradas, não pudesse passar dos 60?
Alguma dessas empresas venderia uma só moto acima de 125 cilindradas? Qual a razão de alguém comprar uma moto 400, 600 ou mais?
Imaginem eu fazendo uma volta pelo Brasil, como fiz recentemente, correndo apenas 60 km/h.
Realmente, esse deputado parece não ter muitas idéias boas na cabeça.
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