Ter oportunidade de ver apenas um deles em ação já é ter história para contar; agora, ver os dois, no mesmo espetáculo, então, é um grande privilégio. Pois eu tive esse privilégio.
No começo dos anos 90, início do último governo de Jader Barbalho, na véspera de um almoço que o governador ofereceu para a imprensa do Pará, eu fui a um show de Sebastião Tapajós e Billy Blanco, no CENTUR.
No dia seguinte, enquanto a gente esperava o almoço ser servido, cada um procurou sua turma para botar a conversa em dia. Eu fiquei numa com amigo e colega de rádio há mais de 30 anos, Sampaio Brelaz. Nessa mesa também estava uma funcionária da TV Ponta Negra, se não me engano, do setor comercial. O nome dela não revelo nem sob tortura, para não lhe causar constrangimento.
Pois bem, conversa vai, conversa vem, lembrei-me do show. Disse para os presentes: ontem à noite eu assisti a um show do qual jamais vou me esquecer. Fui ver Sebastião Tapajós e Billy Blanco. Foi uma apresentação de dois titãs.
Mal acabei de falar, a colega sapecou: Isso aí que você viu foi o que? Uma luta de boxe?
Nós, ao redor da mesa ficamos olhando um para o outro, sem saber o que dizer e sem rir da mancada, de tão grande que foi. Alguém ficou com pena dela e lhe explicou que se tratou de um show artístico.
Ainda hoje eu fico imaginando o Sebastião Tapajós com sua estatura de pouco mais de 1,60 m, gordinho, contra Billy Blanco, tipo alto, na época do dito show, bem magro. Só se fosse em filme de comédia!
Conversei há pouco com Sampaio Brelaz, dando os dois boas gargalhadas ao lembrar desse causo verdadeiro.
O cantor e compositor santareno, Odilson Matos, que por muito e muito anos foi dono do Conjunto Os Hippies, teve a honra de ter como produtor musical de seu único disco solo, Billy Blanco.
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