domingo, setembro 18, 2011

A Itbnet investe para melhorar qualidade do serviço

            Internet, em Itaituba, era um sonho até o ano de 1998, quando a Itbnet lançou o primeiro provedor da cidade, num ato de pioneirismo. Era ainda Internet discada, de uma qualidade sofrível, a qual provocava muitas reclamações. Muitas vezes, até mesmo uma simples mensagem de texto não se conseguia passar. Mas, de lá para cá muita coisa mudou e vai continuar mudando. Agora mesmo, o diretor da empresa, Josué Castro dos Santos acaba de chegar de um curso em São Paulo, com o objetivo de buscar coisas novas para o provedor, conforme disse em uma entrevista concedida ao Jornal do Comércio.
            “Na verdade, nós estamos sempre buscando soluções para melhoria do serviço oferecido aos nossos clientes. Hoje em dia nós atendemos nossos usuários com a tecnologia via rádio, que já está provado não ser tão eficiente quanto se esperava, por ser bastante instável, o que nos motivou a ir a São Paulo para participar de um curso sobre Internet via cabo, que se trata de um sistema misto de fibra ótica com cabo coaxial, com um custo menor do que tudo em fibra ótica.
            O ideal seria que a gente pudesse conectar todo mundo por meio da fibra ótica, o top da tecnologia. Mas, o custo ainda é muito alto. Estamos nos preparando para isso, para num futuro próximo oferecermos Internet 100% via fibra ótica. Isso é inevitável. Então, fomos a São Paulo participar desse curso, a fim de descobrir um meio de melhorar o serviço, sem encarecer demais o custo para os nossos clientes.
            Em São Paulo encontramos proprietários de provedores pequenos, que se deparam com a mesma problemática. Um dos participantes disse durante nosso curso, que esse sistema de Internet via rádio já nasceu morto. E ele não estava faltando com a verdade, porque a gente pergunta: temos Internet, hoje? Temos, sim, mas o atual sistema apresenta uma instabilidade muito grande.
            Temos 97% dos nossos clientes servidos pelo sistema via rádio e 3% via cabo, que é uma adaptação de rede interna. Havia a figura do HUB nos postes, que vivia travando, o que sempre foi uma grande dor de cabeça para nós. O sistema que vem aí, via cabo, é totalmente preparado para rede externa, sem esse problema de travamento. O sinal que vai sair do provedor vai chegar com a mesma qualidade no cliente.
            O cliente não admite ficar cinco minutos sem Internet. Para alguns, esse é um tempo muito longo, no qual ele pode deixar de emitir uma nota fiscal eletrônica, causando-lhe um grande prejuízo. Por isso, fomos buscar uma solução para o problema. Vamos implantar essa tecnologia em curto prazo, pois a gente aposta nela. Atualmente, 97% dos nossos clientes são atendidos com a tecnologia via rádio, enquanto 3%, localizados em áreas mais próximas do provedor ainda usam Internet via cabo, que nada tem a ver com essa nova tecnologia que estamos iniciando a implantação. Temos, com o serviço que oferecemos, uma satisfação de cerca de 80% dos clientes, contra 20% de insatisfação daqueles que desejam um serviço 100% estável.
            O futuro - Quando eu e o André fomos para São Paulo, a gente viajou convencido de que os grandes provedores estavam engolindo os pequenos. Nós já vínhamos convivendo com certa preocupação com o futuro, diante da possibilidade da chegada de um provedor grande, ou TDCOM, com são chamados, o que vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. Mas, voltamos muito motivados, porque eles (os pequenos de lá) estão sobrevivendo bem. Pensava que pelo tamanho do nosso provedor, não teríamos mais muitos anos de vida. Todavia, retornamos com muita motivação para continuar fazendo nosso trabalho cada vez melhor, pois temos certeza que ficaremos no mercado por muitos e muitos anos mais, pois há espaço para isso.
            Velocidade - Fala-se muito na grande velocidade da Internet lá para o Sul e Sudeste, mas, no caso de São Paulo isso acontece no centro da capital. Nas cidades próximas, a realidade é muito parecida com o que acontece por aqui, ainda. Essa foi uma coisa que me surpreendeu.
            Quando um usuário comum de um grande provedor faz uma reclamação da perda de sinal, por exemplo, eles informam que dentro de aproximadamente 72 horas o problema deverá estar sanado. Por causa da demanda, nem sempre esse prazo, que já é muito grande para o cliente, é observado. Já com os pequenos provedores, muitas vezes o atendimento é imediato, quando não, em algumas horas, no máximo. Isso faz uma grande diferença para o usuário residencial ou de uma pequena empresa.
            TV a cabo - Existe, no Congresso Nacional há alguns anos, um Projeto de Lei que visa a disponibilizar o serviço de TV a cabo através dos provedores de Internet que utilizarem o serviço via cabo. A Itbnet já está adaptando-se para oferecer isso aos seus clientes. O serviço via rádio não suporta isso. Já vamos deixar a rede completamente pronta, para quando a legislação permitir a gente disponibilizar TV a cabo para os nossos clientes.
            Custo – Ainda sai muito caro para o cliente utilizar apenas fibra ótica. Fica em torno de R$ 800,00 a instalação, enquanto o sistema misto, que tem a mesma qualidade, sai bem mais barato, sem perda de qualidade. Quando esse preço estiver mais acessível, não teremos problemas para fazer chegar o sinal 100% por fibra ótica até a casa ou a empresa do cliente”.
            Concorrência - Em Itaituba existem três provedores que de fato disputam o mercado. A Itbnet é pioneira nesse tipo de serviço; depois veio a Zum e mais recentemente o Clic Fácil. O Jornal do Comércio instou Josué a dizer se é provedor demais, ou se havia uma demanda reprimida que passou a ser atendida pelos dois outros.
            “Na realidade os demais provedores sempre entraram no momento certo. Nós somos pioneiros. Eu costumo dizer que é bom ser pioneiro, mas, paga-se, muitas vezes, um preço alto por isso, por fatores diversos. Trouxemos internet para Itaituba quando era inviável implantar o serviço. Na época, há 13 anos, conseguimos fazer uma ponte com um provedor de Belém, o qual passou a nos ceder internet. Algum tempo depois a Embratel, certamente depois de constatar que já havia condições de existir internet aqui, ela disponibilizou o serviço em Itaituba.
            A partir daquele momento entrou o segundo provedor (Zum). Se ele fosse fazer do jeito que começamos, teria um custo alto, tão alto quanto o que a gente pagava, para oferecer um serviço de qualidade ruim. E o terceiro entrou (Clic Fácil), quando a Embratel deixou de ter a exclusividade na oferta do sinal. Entraram mais duas empresas, com preço e qualidade. Entraram todos na hora certa. Espaço tem para todo mundo, porque todo dia há novos usuários precisando do serviço; há sempre alguém comprando um PC, um Notebook precisando de Internet.
            Prazo – Temos muito trabalho pela frente para fazer, até mudar tudo para o novo sistema. Teremos que implantar cabos em toda a cidade. Do ponto de partida até o ponto final a gente acredita que vai demorar uns dois anos até atingirmos os 100%. Mas, acredito que dentro de mais ou menos seis meses já vamos ter uma grande modificação. Mesmo os clientes que ficam localizados próximos do nosso provedor vão receber o sistema misto, por causa do custo ainda elevado.
            O efeito Internet grátis – O Navega Pará não fez com que a gente sentisse impacto algum. Surgiu, eu acredito, que como um mote político. Quando foi implantado surgiram boatos dizendo que os provedores iriam fechar. Na verdade, não passa de um serviço que beneficia diretamente os órgãos públicos, pois os pontos de acesso ainda são muito deficientes, por serem distantes. O usuário, na maioria, prefere pagar para ter Internet em casa. Por isso, não sentimos nenhum tipo de feito negativo. É um serviço interessante para o cidadão que tem um Notebook, mas, tem dificuldade pagar Internet todo mês. É um serviço bom para visitantes, por exemplo.
           

           

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