A diretora comercial da empresa Eletromil no Pará, Ana Cristina Gomes de Lima, foi presa durante reunião com o Ministério Público em que prestava esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades nas atividades do estabelecimento.
O pedido de prisão preventiva foi movido pelo Ministério Público do Estado (MPE) e acatado pela juíza da 4ª Vara Criminal da cidade, Giovana de Cássia Santos de Oliveira.
O dono da Eletromil, Eduardo Fernandes Facunde, a sócia e esposa do proprietário, Maria Sailene Gomes Facunde e o sócio e filho do casal, Eduardo Fernandes Facunde Júnior também estão no pedido enviado à justiça e ainda estão sendo procurados pela Polícia Civil. O grupo foi acusado pelo MPE de estelionato e crimes contra a relação de consumo, a ordem tributária e de formação de quadrilha ou bando.
Daniel Barros revelou que investigações feitas em conjunto com o Grupo de Prevenção e Combate a Organizações Criminosas (Geproc) do MPE apontaram que Ana Cristina era, na realidade, sócia do dono e foi definida pelo promotor como “braço direito” de Eduardo Facunde. “Ela chegou a abrir uma empresa no nome dela em Abaetetuba, sendo sócio o seu filho”, informou Barros.
O CASO - Reclamações contra a empresa já haviam sido recebidas na promotoria de Castanhal, mas as denúncias se intensificaram durante o último dia 31 - o que levou o Ministério Público a pedir, de imediato, a medida cautelar que foi executada na quarta-feira. Segundo declarou Marco Aurélio, as irregularidades denunciadas tinham teor parecido. “Mesmo aqueles que eram sorteados ou que concluíam o pagamento de todas as parcelas contratualmente previstas, deixavam de receber o bem imediatamente. Havia atrasos de meses no cumprimento dessa obrigação, sem que o consumidor fosse indenizado ou obtivesse qualquer compensação pelo descumprimento do disposto no contrato”, afirmou o promotor.
Até mesmo os consumidores que receberam algum valor de volta, “também foram prejudicados, pois precisaram aceitar o recebimento de quantias bem inferiores (às vezes menos da metade) a que faziam jus, que ainda eram pagas em muitas parcelas e sem qualquer atualização monetária”, de acordo com os promotores. (Diário
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