sábado, maio 18, 2013

Oito universidades da Argentina homenageiam o Brasil com títulos a Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta sexta-feira (17), oito títulos de doutor honoris causa, na Argentina. As universidades de Cuyo, San Juan, Córdoba, La Plata, Tres de Febrero, Lanús, San Martín e a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais homenagearam o ex-presidente em uma cerimônia que aconteceu no Senado argentino.
 
Em seu discurso, Lula lembrou que o primeiro diploma que desejou foi o de torneiro mecânico, do qual sua mãe tinha muito orgulho. “A emoção ao receber este primeiro diploma foi a mesma ao receber meu segundo diploma, o de Presidente da República”, lembrou ele. Para Lula, os oito títulos recebidos hoje reviveram aquela emoção.

“Esses títulos não são um reconhecimento [apenas] ao Lula, mas a uma década de transformações democráticas que viveu o Brasil, a Argentina e toda América Latina”, disse. Ele lembrou também o papel crucial do “companheiro Néstor Kirchner” neste processo e dedicou a homenagem ao ex-presidente argentino. “Néstor, esses títulos também são para você”.

O ex-presidente Lula falou também da importância da integração latino-americana, um dos focos de trabalho do Instituto que fundou. “Temos que trabalhar juntos, destruindo as barreiras que nos separam e construindo pontes que nos unam”, afirmou. Ele incentivou maior cooperação entre as universidades brasileiras e argentinas e homenageou os professores e alunos das universidades argentinas que lutaram contra a ditadura militar. Lula falou do papel crucial das relações entre Brasil e Argentina para a integração e brincou dizendo que a Argentina só não pode fazer na Copa do Mundo o que o Boca Juniors fez com o Corinthians na última quarta-feira, ou haverá um grande problema para a integração.

Lula terminou seu discurso falando da crise internacional. “Os que hoje estão em crise, sabiam resolver todos os problemas do meu país”, declarou. Ele falou da falta de peso das decisões dos organismos multilaterais e afirmou que “um dos grandes problemas que vivemos hoje é a falta de decisão política, porque faltam líderes políticos”. E terminou apontando uma saída para a crise: “Deem menos dinheiro para salvar os bancos e mais para salvar vidas humanas”.

Fonte: Conversa Afiada
Texto extraído do blog de Manuel Dutra 

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