quinta-feira, agosto 01, 2013

Há quarenta e dois anos

 No dia 1º de Agosto de 1971 eu iniciei minha carreira de radialista, no microfone da querida Rádio Rural de Santarém.

Depois de ter sido aprovado em um rigoroso processo de seleção comandado pelo saudoso mestre Ormar Simões, eu e meu também saudoso confrade Jota Nogueira fomos selecionados para passarmos por um período de experiência.

Um mês depois,a direção da emissora decidiu que ficaria apenas o Nogueira, pois havia somente uma vaga.

Decepcionado com o preterimento, achei que minha carreira havia terminado, mesmo antes de começar.

Um convite de um amigo botafoguense, Jota Veiga, tio do ex-vereador Peninha, mudou tudo. Fui para a Rádio Clube de Santarém, que apesar de todas as dificuldades e limitações técnicas, era chamada a escola formadoras de novos talentos. E, de fato, era.

Fiquei apenas alguns meses, pois fui chamado pelo então gerente da Rádio Rural, Haroldo de Almeida Sena para integrar a equipe de esportes da emissora, para a qual tinha sido aprovado anteriormente.

Já estava mais consciente do que fazer, pois os meses de Rádio Clube foram fundamentais.

Aliás, foi na Rádio Clube que eu vivi um dos momentos memoráveis de miha carreira, ainda no ano de 1971.

O Fast Clube, de Manaus, tinha jogo marcado contra o São Francisco, no velho estádio Elinaldo Barbosa dos Santos. O time amazonense retornava de Belém, onde tinha enfrentado os grandes da capital e vencido.

Junto com a delegação vieram os naradores esportivos Carlos de Carvalho, da Rádio Difusora e Nonato Nascimento, da Rádio Rio Mar, de Manaus. Todos ficaram hospedados no Hotel Mocoronga, no antigo Castelo.

Conversei com o diretor da Rádio Clube, meu grande amigo Leal di Souza, sobre a possibilidade de termos os narradores da capital amazonense trabalhando pará nós, comprometendo-me a conversar com ambos. Por ele, tudo bem!

Fui falar com Carlos e Nonato, indo direto ao assunto.

Escutem, meus amigos, estou começando no Rádio, e trabalho numa emissora pequena, em relação à outra, que é grande e tem tudo. A gente não tem nada. Vocês topam narrar o jogo para nós, hoje à noite?

Carlos olhou para Nonato e Nonato olhou para Carlos. O primeiro disse que topava e o segundo também.

Corri para a emissora feliz da vida e cuidamos de vender para ganhar um troco extra.

Fizemos chamadas e mais chamadas e deu resultado, pois à noite, o som da Rádio Clube fez eco no lotado Elinaldo Barbosa, para desespero da grande equipe da Rádio Rural, que naquele dia levou um verdadeiro banho.

Pouco depois desse episódio fui chamado pelo Haroldo e aí, passai a fazer parte de uma equipe que, tanto a esportiva, quanto a equipe em geral da emissora, certamento foi a mais completa que já se montou no Rádio santareno.

Tenho a honra de ter sido contemporâneo de Osmar Simões, Cláudio Serique, Edinaldo Mota, Natalino Sousa, Santino Soares, Dário Tavares, Bena Santana, Lamberto de Carvalho Osvaldo de Andrade, Sinval Ferreira, Eriberto Santos, Manuel Dutra, Jota Nogueira, Tadeu Matos, Benna Lago, Leal di Souza e tantos outros que não lembro no momento.

Sou feliz por ter abraçado esta profissão.

Hoje, para não perder o contato com o Rádio, tenho um programa semanal na Rádio Alternativa FM, de Itaituba, cujo nome é uma homenagem ao grande mestre Osmar Simões, que tinha um comentário diário na Rádio Rural, intitulado: O Assunto É Este
Espero que Deus me permita gozar de boa saúde para poder participar dos festejos dos 50 anos de fundação da nossa Rádio Rural, em 5 de julho do ano que vem.

Tenho muita coisa para contar, e pretendo começar a juntar as peças na memória, para deixar registrado o tempo em que tenho me dedicado a esse veículo tão fascimento, que é o Rádio.

Faria tudo de novo, se preciso fosse.

Obrigado, senhor, por me permitir seguir este caminho, por tanto tempo.
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