A
esperança é o combustível da vida. Por pior que seja a situação, deve haver
sempre esperança de que é possível
superar as adversidades do momento para se chegar a uma situação que almejamos.
Nossa vida é feita de sonhos que sonhamos acordados. Há os que apenas sonham.
Esses quase nunca tomam a iniciativa de trabalhar para concretizar seus sonhos.
Mas, muitos fazem dos seus sonhos, objetivos de vida.
Imagino que foi porque sonhava em
ajudar a construir uma Itaituba melhor, que a professora Eliene Nunes resolveu lançar-se
candidata a prefeita. Sonhou alto, mas, com um objetivo bem definido foi em
frente e aproveitou as circunstâncias daquele momento para vencer a eleição. Da
mesma forma, também sou levado a pensar que, pelo menos a maioria dos
vereadores eleitos tinha o propósito de fazer algo de bom por seu município.
Mas, faltando apenas algumas dezenas de horas para terminar o ano de 2013, nem
Eliene no comando do Poder Executivo, nem os vereadores no Poder Legislativo
atenderam às expectativas. Vamos analisar por etapas, começando pelo desempenho
da prefeita.
O governo de Eliene Nunes gastou
muito tempo colocando a culpa na administração anterior por tudo de ruim que
aconteceu durante este ano. Hoje em dia, com a informação dos acontecimentos
chegando aos cidadãos em tempo real, a maior parte dos problemas do governo de
Valmir Climaco já era amplamente de conhecimento público. Logo, ficar
requentando tais notícias é desperdiçar o tempo que deveria ser gasto com
coisas mais úteis para a comunidade. Até hoje ainda existe alguns setores do
governo que se utilizam desse expediente.
Um dos problemas mais sérios que um
governo pode ter (e isto está acontecendo atualmente) é enxergar uma coisa, e a
comunidade ver outra completamente diferente. No caso presente, de acordo com o
que a prefeita Eliene Nunes deixou bem claro na reunião da qual participou com
as entidades, o governo vai bem, sua equipe trabalha unida, e as secretarias e
diretorias estão trabalhando em harmonia e com competência. Esse ponto de vista
dela vai de encontro ao que pensa quase toda esta grande comunidade itaitubense
que a elegeu.
Eliene termina seu primeiro ano de
mandato com uma popularidade que contrasta com os tempos de campanha. Embora
não haja números para se fazer comparações, é óbvio que o patamar dos que
aprovam o seu governo é parecido com o de Roselito Soares no pior momento de
seu primeiro mandato. Nem ela, nem Itaituba tem muita coisa para comemorar.
Questiona-se até o número de viagens que ela tem feito, pois embora se saiba
que é necessário sair do município em busca de recursos, ela ficou tempo demais
ausente, e sem transferir o cargo para seu vice, Dico, sem nenhuma explicação
plausível. Isso também pegou mal.
Como foi escrito no começo deste
artigo, a esperança é o combustível da vida. Por isso, embora termine o ano no
vermelho, a prefeita Eliene Nunes repassa aos seus munícipes a alvissareira
notícia de que 2014será diferente, muito diferente. Muitos convênios foram
assinados, sobretudo com o governo federal, os quais deverão começar a ser
executados a partir do primeiro semestre do ano que está chegando. São
investimentos de grande monta, cerca de R$ 67 milhões, muitos dos quais deverão
melhorar nossa combalida infraestrutura.
Quanto ao Poder Legislativo
municipal, sua credibilidade no momento é muito parecida com a da prefeita,
quase nenhuma. A razão do descrédito que se abateu sobre a Câmara é o
comportamento da grande maioria dos vereadores em relação ao que aconteceu no
decorrer do ano no município, principalmente na sede. Como eu escrevi em outra
ocasião, os nossos representantes legislativos não estão falando a linguagem
das ruas, não estão sendo caixa de ressonância da sociedade pela qual foram
eleitos para representar.
A maior parte da Câmara faz parte da
base aliada da prefeita Eliene Nunes. Só estão fora, Nicodemos Aguiar, que tem
sido a voz mais forte nas críticas ao governo, Manoel Diniz, que é um crítico
mais light e João Paulo Meister, que por ser do PT, criou uma expectativa de
que seria contundente na oposição, mas não foi. Então, não se poderia esperar
que essa maioria subisse à tribuna e tecesse críticas contra a administração do
município.
Seria de bom tom
que, ao menos nas reuniões internas eles tivessem coragem e tomasse a
iniciativa de dizer para Eliene que o governo vai mal, muito mal. Em vez disso,
a preocupação deles foi sempre tentar justificar o injustificável. Por isso, os
que foram eleitos para comandar e para compor o Executivo e o Legislativo de
Itaituba terminam o ano abraçados, de costas para aqueles que os colocaram onde
estão e com a popularidade rés ao chão. Que seja diferente em 2014. É tudo que
nós cidadãos deste município desejamos, pois a esperança é o combustível que
nos move e nos mantém na luta por uma Itaituba melhor.
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