Este último comentário de 2013 é muito mais uma reflexão do que uma
crônica. É mais intuição do que constatação. Mas, é o que eu penso sobre as
pessoas que entram na política achando que vão mudar a política e elas é que
acabam sendo mudadas.
Esse, penso eu, ser o caso da prefeita Eliene Nunes. Com pouca
experiência na vida publica, a prefeita acreditou que poderia solucionar os
problemas do município num passe de mágica, mas, agora, prestes a fechar o
primeiro ano de mandato, a prefeita começa a se dar conta de que o jogo
político é muito mais voraz do que ela imaginava, que o poder é solitário e
poucos são aqueles que se aproximam para ajudar. A maioria só pensa nos seus
próprios interesses.
A prefeita também já descobriu que as pessoas com as quais contava para
solucionar as dificuldades que surgissem na sua administração não vestiram a
camisa do governo e os aliados da campanha começaram a se distanciar logo que
perceberam que não teriam o espaço ou as compensações que gostariam ter. E para
evitar um isolamento político ainda maior, a prefeita está sendo obrigada a
silenciar sobre algumas coisas, a fazer concessões que antes afirmava que não
faria e a negociar acordos que talvez não possam ser cumpridos.
Essas questões pontuadas nesta reflexão não tem a pretensão de insinuar
nenhum tipo de desvio de comportamento ético ou moral e muito menos de
questionar a honestidade de quem está no comando do município, pois as
dificuldades que a prefeita enfrenta hoje, também já foram vivenciadas por seus
antecessores. O que se pode questionar são os métodos que cada governante usa
para lidar com essas questões que sempre estão postas na administração publica,
e a prefeita, como evangélica que é, sabe que a quem muito é dado, muito também
será cobrado, e a quem muito foi confiado, muito será pedido. Esse provérbio
bíblico traduz muito bem o sentimento que toma conta da população neste momento
em relação ao governo da prefeita Eliene Nunes.
Jornalista Weliton Lima
Telejornal Focalizando de hoje, quinta-feira
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