Melhor jogador da Copa do Mundo de 1966, Pantera Negra sofre uma parada cardiorrespiratória na madrugada deste domingo. Corpo será velado no Estádio da Luz
Nascido em 25 de janeiro de
1942, Eusébio da Silva Ferreira iniciou sua carreira futebolística no Sporting
Lourenço Marques, na segunda metade dos anos 1950. O moçambicano chegou a
Portugal no fim de 1960, contratado pelos Benfica, onde se tornou o maior
artilheiro da história do clube (638 gols) e sua principal referência durante
as 15 temporadas em que defendeu a equipe lisboeta.
Pelo Benfica, Eusébio conquistou nada menos do que 11 Campeonatos Nacionais (1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68, 1968/69, 1970/1971, 1971/72, 1972/73 e 1974/75), cinco Taças de Portugal (1961/62, 1963/64, 1968/69, 1969/70 e 1971/72) e uma Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões) em 1961/62, diante do Real Madrid de Puskás, além de ter sido três vezes vice-campeão europeu (1962/1963, 1964/65 e 1967/68).
Pelo Benfica, Eusébio conquistou nada menos do que 11 Campeonatos Nacionais (1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68, 1968/69, 1970/1971, 1971/72, 1972/73 e 1974/75), cinco Taças de Portugal (1961/62, 1963/64, 1968/69, 1969/70 e 1971/72) e uma Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões) em 1961/62, diante do Real Madrid de Puskás, além de ter sido três vezes vice-campeão europeu (1962/1963, 1964/65 e 1967/68).
Considerado por muitos inferior apenas a Pelé, Eusébio chegou
ao ápice na disputa da Copa de 1966, na Inglaterra. Ao vencer por 3 a 1 na fase
de grupos, Portugal eliminou o Brasil, tirou a Coreia do Norte nas quartas (5 a
3) e chegou às semifinais, onde acabou derrotada pelos anfitriões (1 a 2). Ao
bater a antiga União Soviética por 2 a 1, o selecionado luso terminou a
competição em terceiro lugar. Goleador com nove tentos (três a mais que o vice,
o alemão Helmut Heller), o Pantera Negra, então com 24 anos, foi exaltado como
o melhor jogador.
Eu, convivendo com ele há muitos anos
cotidianamente, sou testemunha de que sua saúde estava muito fragilizada e
havia sinais claros disso nos últimos tempos. Mas nesta altura isso não é o
mais importante. O que importa é recordar o homem que foi e sempre será. De
resto, tem um lugar entre os imortais deste país e foi seguramente a referência
mais importante de Portugal do século 20 no plano esportivo e, não apenas,
sobretudo nos anos 60, quando Portugal vivia sob uma ditadura - declarou o
biógrafo do ex-jogador, João Malheiro, ao canal "RTP".
Eusébio
também fez história no Brasil, ao ser o primeiro estrangeiro
homenageado na calçada da fama do Maracanã, em 2004 O último
capítulo de sua relação com o país ocorreu no ano passado, quando se encontrou
com Pelé antes do amistoso entre Brasil e Portugal, vencido pelo time de Luiz
Felipe Scolari por 3 a 1.
Pela seleção de Portugal, o
ex-atacante disputou 64 partidas e anotou 41 gols, obtendo média de 0,64. Seu
primeiro duelo defendendo o time nacional foi em outubro de 1961 (eliminatórias
para o Mundial de 1962), menos de um ano após estrear pelo Benfica, e seu
último compromisso, em 1973, pelas Eliminatórias para a Copa do ano seguinte,
na Alemanha.
Além de Sporting Lourenço Marques e Benfica, Eusébio defendeu em Portugal o Beira-Mar e, no fim da carreira, o União de Tomar. Esteve também no Monterrey (México) e em clubes do Canadá e dos Estados Unidos, onde deixou definitivamente os gramados.
Além de Sporting Lourenço Marques e Benfica, Eusébio defendeu em Portugal o Beira-Mar e, no fim da carreira, o União de Tomar. Esteve também no Monterrey (México) e em clubes do Canadá e dos Estados Unidos, onde deixou definitivamente os gramados.
O jogador negro que reinou na Copa do Mundo de 1966 não foi Pelé. Foi Eusébio
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