Como
anda a saúde bucal da população de Itaituba? Essa foi a primeira pergunta feita
há quase três anos, em uma entrevista que a odontóloga Sirleia Soares concedeu
ao Jornal do Comércio na edição 133. Passadas 46 edições, a reportagem a
procurou para saber se houve alguma evolução de lá para cá. Ela também falou
sobre outros pontos importantes para que se tenha uma boa saúde bucal.
“E preciso considerar dois aspectos
da saúde bucal de cidades do interior como a nossa: os pacientes que são
atendidos pela rede pública de saúde e aqueles que procuram atendimento
particular. Mas, de um modo geral, a saúde odontológica está mudando bastante.
Cada dia que passa a gente percebe que estão diminuindo bastante os índices de
doenças bucais, enquanto a conscientização dos pacientes está crescendo muito.
Até há pouco tempo o acesso à informação de quem era profissional e quem
exercia o serviço irregularmente era pouco divulgada. Ainda temos essa
problemática no município, mas, ela vem diminuindo gradativamente”.
É
melhor prevenir – “Infelizmente, em Itaituba, muita gente só procura um
dentista profissional em momentos de dor, o que é muito ruim. Hoje, nós estamos
tentando conscientizar para mudar esse quadro, para a gente passe para um
quadro mais preventivo onde a gente previne a doença, com a vinda regular do
paciente ao consultório, o que possibilita que sejam detectados problemas no
estágio inicial. Mas, a maioria dos pacientes ainda só procura um profissional
quando tem um problema, muitas vezes em estado avançado”
Educação
é o caminho – “O trabalho da odontologia básica é muito importante,
principalmente relacionado à saúde preventiva. É fundamental a conscientização
dos pais com relação aos filhos. É a partir daí que se começa a preparar a
criança, até chegar à idade adulta. Educar a respeito da importância da saúde
bucal é investir em prevenção. Sabemos que já existem algumas escolas
particulares, em Itaituba, nas quais profissionais da odontologia já fazem esse
trabalho. Mas, também no sistema público de ensino há programas voltados para
as crianças, nesse sentido. É de grande relevância que seja feito esse tipo de
trabalho, pois pela educação temos condições de conseguir níveis satisfatórios
de prevenção”.
O
mito – “Essa questão é um mito que atrapalha. O paciente tem que saber que
um tratamento odontológico é um investimento na sua própria saúde, que começa
pela boca. Tem muita gente que gasta com artigos supérfluos, deixando de lado
sua saúde. Ainda existe muito essa cultura de que dentista é caro. Por causa
disso, muitas vezes o paciente procura alguém não habilitado, e quando chega ao
consultório de um profissional termina precisando gastar bem mais, em virtude
do agravamento da situação inicial. Porém, isso também está mudando, pelo fato
da população de Itaituba contar com um crescente número de profissionais
formados, que estão habilitados a prestar o serviço adequado. Cabe a cada
paciente procurar um profissional preparado para fazer esse tipo de serviço”.
Doenças
da boca – “A odontologia preconiza muito a prevenção, pois podem advir muitas
doenças pela falta de cuidados com a saúde bucal. Problemas sérios como
cardiopatias, agravamento da saúde de pacientes diabéticos, complicações para
pacientes com problemas cardíacos que podem ter o quadro agravado por causa de
bactérias bucais extremamente patogênicas, assim como pacientes com problemas
pneumológicos. Da mesma forma, pacientes gestantes com problemas bucais podem
dar à luz filhos que podem nascer com problemas de saúde, além do risco do
parto prematuro. Então, ratifico que a saúde começa pela boca e por isso é
imprescindível que se cuide bem dela.
Profissionais
de qualidade – “Hoje nós temos um número crescente de profissionais
formados. Não acho que haja dentistas formados demais. Quem regula isso é o
mercado. Na minha opinião, o que importa é que tenhamos profissionais de
qualidade para que a população seja bem servida no campo do atendimento
odontológico. Tem paciente para todos e é o próprio paciente quem faz a seleção
dos profissionais. Quem prestar um serviço de melhor qualidade, certamente vai
ter a preferência”.
Vá
ao dentista – “Como já foi dito, mas, nunca é demais repetir, é por demais
importante a visita regular a um dentista formado para fazer tratamento preventivo.
Pelo menos de seis em seis meses é bom procurar um profissional de odontologia,
pois se o paciente demora demais, a gente só vai poder intervir quando o caso
pode já esta complicado”, finalizou.
Matéria publicada na edição do Jornal do Comércio que está
circulando
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