Em 2013, o Pará gastou R$ 16,608 bilhões – mas destinou a investimentos apenas 7,19% dessa montanha de dinheiro. O restante foi quase todo consumido pelas despesas de custeio – aquelas que apenas mantêm a máquina pública funcionando, sem ampliar a oferta de serviços.No mesmo ano (2013), o estado do Acre destinou a investimentos 17,26% de suas despesas. O Amazonas aplicou em investimentos 16,51% de seus gastos; Roraima,12,71%; Rondônia, 11,71%; o Amapá, 11,22%, e o Tocantins, 10,19%.
O Pará perdeu feio até mesmo para dois estados paupérrimos do Nordeste, que costumam disputar com ele a lanterninha dos indicadores sociais: Maranhão e Piauí. Em 2013, o Piauí destinou a investimentos 15,71% da despesa total – ou mais que o dobro do Pará. Já o Maranhão investiu 10%.
Pior: 2013 foi também o terceiro ano consecutivo em que o Pará perdeu feio até para o Piauí e o Maranhão. Os gastos dos estados foram extraídos pelo DIÁRIO dos relatórios resumidos de execução orçamentária (RREOS) que eles enviam para a Secretaria do Tesouro Nacional, dos balanços gerais do Estado do Pará e do balancete de dezembro de 2013 do Pará.Os percentuais de investimento dos estados foram calculados pelo DIÁRIO, à exceção dos percentuais do Pará de 2011 e 2012, que foram apenas copiados dos balanços gerais do Estado. Você mesmo pode checar as contas, se quiser: basta pegar uma calculadora e dividir o valor do investimento pelo valor da despesa de cada ano e multiplicar por 100.
O próprio Jatene, em seu primeiro governo, teve um desempenho bem superior: investiu 8,98% em 2003; 10,61%, em 2004; 12,11%, em 2005, e 13,70% em 2006. Já a petista Ana Júlia Carepa, que investiu apenas 6,46% em 2007, conseguiu elevar os investimentos para 9,80% em 2008; 8,10%, em 2009; e 11,15%, em 2010 – e isso apesar da crise financeira internacional.
No entanto, nem Jatene nem Ana Júlia conseguiram ao menos se aproximar do desempenho do ex-governador Almir Gabriel, que manteve os investimentos acima de 10% por seis anos consecutivos, e até emplacou o recorde das últimas duas décadas: 16,57%, em 1998.
No entanto, nem Jatene nem Ana Júlia conseguiram ao menos se aproximar do desempenho do ex-governador Almir Gabriel, que manteve os investimentos acima de 10% por seis anos consecutivos, e até emplacou o recorde das últimas duas décadas: 16,57%, em 1998.
(Diário do Pará)
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