Quatro anos após ser demitido por Ricardo Teixeira do comando da seleção brasileira, o técnico Dunga está de volta. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o capitão do tetra em 1994 foi apresentado como novo treinador da equipe pentacampeã. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, José Maria Marin, e pelo coordenador Gilmar Rinaldi. Apesar da rejeição em diversas enquetes, Dunga mostrou-se confiante em recuperar o prestígio junto aos torcedores.
A "reformulação" do futebol brasileiro não poderia ter começado pior, pois a CBF chamou a raposa para cuidar do galinheiro, quando colocou Gilmar Rinaldi como coordenador de futebol.
Gilmar é conhecido empresário de muitos atletas, e há por conta disso, o temor de que ele faça de tudo para colocar alguns dos seus jogadores na seleção. No Brasil isso não é nada difícil de acontecer.
Quanto ao Dunga, ele nunca teve muito a simpatia da torcida, mesmo quando jogava pela seleção, à exceção de 1994, quando foi o capitão do tetra.
O Brasil esperava uma grande renovação no futebol brasileiro. Mas, como é que isso pode acontecer, se nós não conseguimos mudar os quadros da política? Não vai ser exatamente na CBF que a gente vai querer que mude tudo de repente, se o país não muda.
Tudo faz parte dessa grande esculhambação que é a política nacional, por conta de nós cidadãos, que criticamos, mas, não fazemos nada de prático para mudar esse estado de coisas, a começar por uma mudança em nós mesmos.
A eleição está batendo à porta. Vamos ver quantos serão os eleitos que em vez de ganharem um passaporte para fazer mal ao estado ou ao país, deveriam estar presos, ou ao menos respondendo na Justiça pelo que fizeram e continuam fazendo ao arrepio da lei.
Portanto, se a gente olhar com um pouco mais de atenção, deixando um pouco de lado a nossa paixão de torcedores, veremos que a estrutura do futebol brasileiro, que é altamente corrupta, parece com nossa estrutura política, além de outros setores da vida brasileira.
Como diz o ditado, que o exemplo vem do alto, a CBF está seguindo o mau exemplo das instituições que comandam este país.
Jota Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário