Portos graneleiros de Mirirituba darão lucros em Novo Progresso. E para Itaituba, o que vai ficar?

Pelo andar da carruagem, o município de Itaituba vai ficar a ver barcaças, já que os navios com grãos não sairão daqui.

Os caminhões e carretas que fazem o transporte de grãos do norte de Mato Grosso até Miritituba, hoje, ainda em pequena escala, mas, em grande escala em um futuro próximo, terão como base de abastecimento de combustível, a cidade de Novo Progresso, onde está sendo montada a base de apoio.

Para Novo Progresso, a parte boa, os lucros com a base de apoio.

Por enquanto isso ainda não chega a ser significativo, mas, imagem a importância que o movimento vai ter para aquele município, quando estiverem transitando mais de mil carretas por dia, vindo para Itaituba e retornando para buscar nova carga.

Tanto na vinda quanto na ida o abastecimento vai se dar em Novo Progresso.

Nem o serviço de borracharia, que muita gente esperava que seria um filão a ser explorado, vai ter nem de longe o movimento que se acreditava, porque os caminhoneiros carregam um produto que injetam em um pneu que fure, o que lhes permite chegar ao seu destino para para o devido conserto.

Lojas de auto peças, que era outra coisa que se propagava que seriam abertas em Miritituba, também não acontecerão. Pelo menos no ritmo que se apregoava.

Então, o que vai restar para o distrito de Miritituba e para o município de Itaituba?

Restarão migalhas como a perfuração de um poço pela ATAP, anunciado com grande alarde, com 200 metros de profundidade, mas, que só tem 60 metros, além de outras ninharias.

Para Miritituba (Itaituba), praticamente nada, a não problemas

Aqueles que defendem a ideia de que o município de Itaituba vai ter seus cofres abarrotados de dinheiro de Imposto Sobre Serviço - ISS, podem esquecer também essa parte.

Segundo levantamento feito em Santarém, em dez anos de atuação naquele município, a poderosa Cargill recolheu R$ 1 milhão em ISS. Isso dá pouco mais de R$ 8 mil por mês. 

Para Miritituba e consequentemente para o município de Itaituba, ficarão os problemas decorrentes de fluxo enorme de veículos pesados, como a possibilidade do aumento da prostituição infanto-juvenil e aumento acentuado na população em decorrência da expectativa de novas oportunidades que não virão e outras.

Bem que o Consórcio Tapajós, formado pelos municípios de Itaituba, Aveiro, Jacareacanga, Rurópolis, Trairão e Novo Progresso poderia dar uma explicação a respeito de sua completa inutilidade até este momento, pois foi criado com o propósito de defender os interesses desses municípios. Inclusive no item contrapartidas desses portos.

Até agora, a única utilidade visível desse consórcio tem isdo servir de trampolim político.