Os casos de violência doméstica aumentaram no município de Santarém. A violência física, verbal ou psicológica contra entes da família como mulher ou crianças abrange esse tipo de crime. Lesão corporal, ameaça de morte, injúria e abuso sexual estão entre os casos mais frequentes.
Neste ano, foram registrados 450 inquéritos policiais envolvendo casos de violência doméstica em Santarém, considerando os meses de janeiro a julho. No ano passado, considerando esse mesmo período, foram iniciados 413 inquéritos policiais, segundo informações da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) e Delegacia Especializada em Atendimento de Proteção a Criança e Adolescente (Deac).
O mês de julho foi considerado o mais movimentado do ano, com 98 inquéritos policiais iniciados pelas delegacias, sendo 30 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Em julho do ano passado, foram 62 inquéritos iniciados. Muitas mulheres procuram a delegacia para retirar a queixa, mas, segundo delegada Andreza Sousa, é impossível, a investigação tendo informações consistentes vai até o fim e, caso seja comprovado, o autor é preso e enquadrado nos termos da lei.
“Este mês foi o que houve mais denúncias em consequência inquéritos nas duas delegacias, isso é um número bastante considerável”, diz Andreza. A informação positiva é que as mulheres estão, por conta própria, procurando mais a polícia para denunciar os casos de agressões a elas mesmas ou aos entes queridos, como filhos.
Qualquer pessoa pode efetuar a denúncia contra casos de violência doméstica. Os meios mais conhecidos são o Disk 100, para denunciar abuso sexual contra crianças e adolescentes, e o Disk 180 para denunciar casos de violência contra a mulher. A identidade do denunciante é mantida em sigilo. As vítimas também têm o direito de ter sua identidade mantida em sigilo. “A maioria dos casos inclusive não é divulgada, temos o cuidado de não revitimizar as vítimas, ou seja, tentamos poupar essas vítimas de uma exposição pública. Então, as pessoas podem ficar tranquilas em vir fazer a denúncia”, garante a delegada Andreza.
A Deam e a Deac de Santarém não funcionam nos fins de semana. Apenas quatro funcionários, incluindo a delegada, realizam esse trabalho de extrema importância para a segurança da sociedade. Os casos são registrados nas outras delegacias e então encaminhados para as delegacias especializadas. “Todas as situações de flagrante são encaminhadas para a delegacia central”, diz Andreza. Apesar desse problema que sobrecarrega os policiais, a delegada afirma: “O importante é que essa vítima não vai ficar desamparada”.
(Diário do Pará)
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