Em novo discurso progressista, apresentador da Globo defende a aprovação do projeto de lei que altera a meta do superávit primário; "Torcer para que essa lei não seja aprovada é torcer contra o Brasil. Não ter as contas aprovadas não é muito pior?", questiona; sobre a possibilidade de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade fiscal, ele afirma: "Um impeachment, hoje, da nossa presidente, que acabou de ser reeleita, é golpe. Pra mim é golpe"
247 – Na contramão dos porta-vozes da Globo, com o colunista Merval Pereira, do jornal O Globo, ou o jornalista William Waack, o apresentador Jô Soares fez ontem mais um discurso progressista, assustando novamente as "meninas" que participam do seu programa com comentários sobre temas políticos.
O projeto de lei que altera a meta do superávit primário, cuja tentativa de aprovação causou confusão ontem e hoje no Congresso, foi defendido ferrenhamente por ele. "Torcer para que essa lei não seja aprovada é torcer contra o Brasil", disse. Não fechar as contas não é muito pior?", questionou. "E a oposição tá batalhando por isso", acrescentou.
Diante do argumento das jornalistas de que os números brasileiros passariam a perder credibilidade internacionalmente, o apresentador explicou: "Não estou falando que está certo, estou falando que pragmaticamente, de repente a Dilma ser atingida por uma lei dessas eu acho que é uma catástrofe para o Brasil depois de Petrobras, de tudo isso. Dizer 'ó, a presidente não fechou a conta, então ó... impeachment'".
No bloco seguinte, o tema do impeachment continuou. A jornalista Ana Maria Tahan, uma das "meninas", comparou o momento com o do ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment e o Brasil "sobreviveu". Segundo ela, os brasileiros sobrevivem a tudo, pois têm sempre o otimismo de que as coisas vão melhorar.
Jô discordou. "O Brasil vivia um outro momento [na época de Collor], era uma coisa inteiramente nova no Brasil acontecer isso, os caras pintadas na rua... isso sim teve uma repercussão positiva no mundo inteiro. Mas um impeachment, hoje, da nossa presidente, que acabou de ser reeleita, é golpe. Pra mim é golpe", afirmou.
Lílian Witte Fibe lembrou que essa não é a vontade do eleitor brasileiro, que reelegeu Dilma. "A vontade do eleitor é imperadora", ressaltou. Ana Maria Tahan rebateu, afirmando que nem todos os eleitores sabiam que as contas públicas estavam desorganizadas. "O eleitor do fundo do Amazonas, do Pará, do Nordeste... não sabia não. Sabíamos nós", disse.
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