segunda-feira, dezembro 29, 2014

Os verdadeiros donos do mundo:

67 pessoas possuem um patrimônio igual ao de metade do planeta – e a diferença entre elas e o resto de nós não para de crescer.


ANDREAS MÜLLER


Este ano, um grupo de 130 pessoas se reuniu em Copenhague, capital da Dinamarca. Discutiram assuntos como economia global, mudanças climáticas, guerras. Fizeram previsões, debateram, traçaram estratégias. Parecia uma assembleia da ONU. Mas era um encontro do Grupo de Bilderberg: organização criada em 1954 para reunir as pessoas mais poderosas do planeta. Seu encontro anual, que não é aberto a ninguém da imprensa, reúne multibilionários e chefes de Estado e de Exércitos (este ano, os destaques foram o líder supremo da OTAN, aliança militar presente em 28 países, e o diretor-geral da NSA, a superagência de espionagem americana).

“Estamos falando de uma rede global, mais poderosa do que qualquer país, e determinada a controlar a humanidade”, diz o russo Daniel Estulin, autor de um livro sobre o grupo. Ele pode estar exagerando um pouco. Mas é fato que os ultrarricos nunca tiveram tanta força. A economia mundial patina e não consegue se recuperar da megacrise de 2008, a maior dos últimos 80 anos. Ela começou com quebras de grandes bancos nos EUA [Estados Unidos da América], que deixaram um rombo estimado em US$ 2,7 trilhões, e se espalhou pelo planeta, gerando grandes ondas de desemprego e recessão – da qual as principais economias do mundo ainda não se recuperaram. Mas mesmo assim, em plena tempestade, o número de bilionários dobrou. Agora um pequeno grupo, com as 67 pessoas mais ricas do mundo, tem tanto dinheiro quanto os 3,5 bilhões de humanos mais pobres. É como se, financeiramente, metade do planeta coubesse dentro de um ônibus. A desigualdade de renda explodiu, e está se aproximando dos níveis que antecederam a Primeira Guerra Mundial. E isso tende a ser um problema para quase todo mundo.

Mas antes: como chegamos a esse ponto? Afinal, se o mundo está em crise, todos perdem, certo? Mais ou menos. Na verdade, as crises têm o poder de concentrar renda, deixar os ricos mais ricos. E é fácil entender o porquê. Quando as coisas apertam, pessoas e empresas são obrigadas a se desfazer do seu patrimônio. Vendem imóveis pela metade do preço, liquidam ações por menos do que valem e, claro, saem perdendo. Quem ganha são uns poucos – que têm dinheiro para comprar tudo isso. “Para cada novo milionário, há muito mais gente que perde dinheiro. Em geral, quem mais sofre são os pobres e a classe média”, diz Rodolfo Olivo, professor de finanças da USP. Os mais ricos compraram ações e empresas pagando pouco, logo no estouro da crise, e ganharam com isso. De 2009 para cá o índice Dow Jones, que mede as principais ações das bolsas americanas, subiu 149%.

Ao mesmo tempo em que aumentava a concentração de renda, a crise emperrou as economias e instigou movimentos como o Occupy Wall Street – que começou como um protesto de 100 mil pessoas no centro financeiro de Nova York e chegou a 1.500 cidades pelo mundo.

Tudo isso teve uma consequência inédita: fez um livro de economia virar best-seller. O Capital no Século XXI, escrito pelo economista francês Thomas Piketty, é um catatau de quase 700 páginas, que analisa as economias de 20 países ao longo de mais de um século. É denso, complexo, difícil de ler. Mas se tornou número 1 na Europa e nos EUA, com centenas de milhares de cópias vendidas. No Brasil, foi lançado em novembro e imediatamente alcançou o segundo lugar (só perdendo para a biografia do líder religioso Edir Macedo). Piketty tem chamdo a atenção – e causado furor – porque demonstrou, com estatísticas, que a desigualdade social está aumentando. E apresentou uma explicação para esse fenômeno.

Manifestação "Occupy Wall Street" em Nova York
Tradução do cartaz: 
"Você perdeu a sua casa? Wall Street roubou de você."
O contraste entre ricos e pobres não surge do nada. Ele vem de uma força elementar: a diferença entre o capital e o trabalho. O capital (dinheiro, imóveis, fábricas, ações, bens) pode ser investido e gerar mais capital. Já o trabalho não tem esse poder multiplicador. E aí, diz Piketty, r > g. Essa fórmula, que foi inventada por ele, é bem simples. O “r” é o ganho médio que o capital consegue obter em um ano, por meio de investimentos. Já o “g” representa a taxa de crescimento da economia. Ou seja: se r é maior que g, quem tem capital para investir sempre ganha mais do que a economia como um todo. E fica com uma fatia cada vez maior do bolo. Já quem trabalha e recebe salário, ou seja a maioria das pessoas, fica com menos. E como dizia o refrão daquela música, “o de cima sobre e o de baixo desce”.

Nem sempre foi assim. Entre as décadas de 1950 e 1970, o processo foi inverso. O crescimento da economia era maior que o ganho dos investimentos (ou seja, g > r). O mercado financeiro lucrava menos do que a “economia real”, embalada pela reconstrução da Europa e a explosão de prosperidade nos EUA. A desigualdade diminuiu. Mas a onda virou, e a distância entre ricos e pobres voltou a crescer.

No final dos anos 70, os presidentes das 350 maiores companhias do mundo ganhavam, em média, 30 a 40 vezes mais que os funcionários de base. Hoje, a diferença de salário entre o presidente e o peão passa de 300 vezes. Nos Estados Unidos, o salário médio dos trabalhadores encolheu de US$ 4 mil para US$ 2.750 (em valores reais, descontando a inflação do período) entre 1978 e 2010. Já a remuneração do 1% mais rico disparou: foi de US$ 25 mil para US$ 83 mil.

No Brasil, a concentração de renda caiu nos últimos 20 anos. Mas ainda é brutal. Somos o 13º país mais desigual do mundo, só perdendo para nações muito pobres, como Botsuana, Namíbia e Haiti. “Quanto maior é a desigualdade, mais altas são as taxas de homicídio, de uso de drogas, mortalidade infantil, doenças psiquiátricas e até de obesidade”, diz Richard Wilkinson, diretor da ONG britânica The Equality Trust.

Reduzir a diferença entre ricos e pobres não é apenas uma questão humanitária ou ideológica. É importante para a saúde da própria economia. E quem diz isso não são pregadores esquerdistas: é o Fundo Monetário Internacional, que publicou um estudo mostrando como a desigualdade extrema tende a gerar crises, e o World Economic Forum – que reúne 700 líderes econômicos globais e este ano elegeu a desigualdade como o grande problema do mundo atual. Até o papa Franciscoandou palpitando a respeito: para ele, a desigualdade “provocará uma explosão da violência” no mundo se não for contida.

O DINHEIRO NO PODER

Os donos do mundo aproveitaram a crise e exploraram a diferença entre capital e trabalho para aumentar suas fortunas. Mas também podem recorrer a outros meios, como a política. A história está recheada de casos de multibilionários que usaram suas fortunas para moldar o destino da humanidade – e ficaram ainda mais ricos fazendo isso.

No século 19, o banqueiro Nathan Rothschild foi o grande instigador da derrota de Napoleão na batalha de Waterloo. Ele comprou a maior parte dos títulos emitidos pelo Exército inglês para financiar a guerra. Cheio de dinheiro, e portanto de armas, o Exército foi ao front e venceu. Rothschild foi a primeira pessoa na Inglaterra a ficar sabendo. Sem avisar ninguém, saiu vendendo seus títulos. Os outros investidores acharam que a Inglaterra tinha perdido a guerra, e também venderam os títulos que possuíam. Isso derrubou os preços deles. Rothschild aproveitou para recomprar tudo, pagando baratíssimo. No dia seguinte, quando o resto do país foi informado da vitória, o valor dos papéis disparou. E Rothschild multiplicou sua fortuna em 20 vezes. Ela chegou a US$ 350 bilhões, em valores atuais. Dá mais de quatro Bill Gates.

Hoje, a influência dos überricos [superricos] na política é mais sutil, mas igualmente forte. Um bom exemplo é o Tea Party, que surgiu nos Estados Unidos em 2009 – à primeira vista, como movimento popular. De repente, milhares de americanos estavam nas ruas para protestar contra coisas que os incomodavam. Só que ninguém estava reclamando da falta de saúde ou educação, ou de 20 centavos a mais na passagem do ônibus. As reivindicações eram mais ao gosto de empresários e banqueiros: redução de impostos, liberação nas emissões de CO2 (que, segundo Tea Party, não é o responsável pelo aquecimento global) e fim do sistema de saúde gratuito que Barack Obama tentava implantar nos EUA.

Com inclinações tão ostensivas, era difícil que a máscara não caísse. A imprensa americana logo descobriu que, na verdade, o Tea Party tinha sido criado e era financiado pelos irmãos David e Charles Koch – que estão entre as dez pessoas mais ricas do mundo. Só neste ano, eles já compraram 43.900 espaços publicitários em TVs e rádios dos Estados Unidos para difundir mensagens políticas e apoiar determinados candidatos. Quando foram flagrados como criadores do movimento, os irmãos Koch não se abalaram. Admitiram tudo, e disseram que seu objetivo é melhorar a “qualidade de vida” da sociedade.

No Brasil, são notórios os casos de empresas ou de milionários que dão dinheiro para financiar partidos políticos: são as controversas doações de campanha. Nas últimas eleições [outubro/2014], elas ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão, segundo o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. As dez empresas que mais doaram (JBS, Bradesco, Itaú, OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz Galvão, Vale e Ambev) financiaram 70% de todos os deputados federais eleitos – 360 de 513, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.

As doações são permitidas por lei. Mas podem causar distorções. Imagine que você foi eleito deputado. Certo dia, sua secretária avisa que há duas pessoas esperando você. Uma é um cidadão qualquer. A outra é um empresário que doou alguns milhões para a sua campanha (e de cuja ajuda você vai precisar na próxima eleição). “Quem você se sentiria mais pressionado a receber?”, pergunta Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.

“Os grandes doadores exercem uma pressão muito maior sobre os políticos.” Uma possível saída seria limitar ou proibir as doações privadas e financiar as campanhas com dinheiro público, como já acontece em países como Suécia e França. Isso ajudaria a conter a influência dos empresários. Mas a medida também tem seu lado polêmico, pois consumiria recursos públicos. O valor do financiamento poderia ser fixado por lei, obrigando as campanhas a gastar menos do que hoje. Isso enfrentaria grande resistência da classe política, e o financiamento público não é uma panaceia – pois candidatos mal-intencionados sempre poderiam receber dinheiro por fora, por meio de caixa 2.

EFEITO MATEUS

Os impostos. Quando pensamos neles, costumamos pensar no governo: o dinheiro que ele arrecada e os serviços públicos, como saúde e educação, que fornece em troca. O que pouca gente sabe é que, no Brasil, os ricos pagam proporcionalmente menos impostos do que o resto da sociedade. Soa incrível, mas é verdade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra o que acontece. Uma pessoa que ganha dois salários mínimos por mês gasta 53,9% da sua renda com impostos, que estão embutidos nos produtos que ele compra. Tem de trabalhar 197 dias por ano só para pagar impostos. Já alguém que recebe 30 salários mínimos paga apenas 29% - e trabalha 106 dias, quase a metade do tempo, para sustentar o governo.

Isso acontece porque, ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, os impostos brasileiros estão mais concentrados nos produtos que as pessoas compram, e não no dinheiro que elas ganham. E essa característica é uma máquina de produzir desigualdade: porque os impostos tomam mais dinheiro daqueles que menos têm. “Isso onera os mais pobres, tornando-os mais pobres ainda”, diz Evilásio Salvador, da Universidade de Brasília. É o que os economistas chamam de Efeito Mateus (uma referência à passagem bíblica Mateus 25,14-30: “Porque àquele que tem lhe será dado, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado”).

Inverter essa lógica é difícil – afinal os mais ricos têm poder para pressionar os políticos. Mas até alguns deles se dizem dispostos a mudar. O megainvestidor Warren Buffet, terceiro homem mais rico do mundo, sugeriu um plano ao presidente dos EUA. A proposta, que ficou conhecida como “The Buffett Rule” (Regra Buffett), criava um imposto de renda de pelo menos 30% sobre quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano. Isso só afetaria 0,3% das pessoas. Mas arrecadaria US$ 36 bilhões. É um oceano de dinheiro (mais do que todo o orçamento do Ministério da Educação brasileiro). A proposta foi à votação no Congresso, e perdeu. Segundo uma pesquisa da CNN, 72% dos americanos eram a favor dela.

Se nada mudar, a desigualdade no mundo tende a continuar crescendo (pois r > g, lembra?). É difícil prever as consequências disso. Mas uma delas pode ser a radicalização política. Um estudo feito por três universidades americanas (Columbia, Houston e Princeton) constatou que, quanto maior a desigualdade econômica num país, mais forte tende a ser a divisão entre os seus grupos de esquerda e direita. E a história sugere que a superconcentração de recursos pode acabar em algum tipo de tumulto.

Já aconteceu. Houve um país que passou por um processo muito forte, e muito acelerado, de concentração de renda. Em apenas cinco anos, a fatia do bolo pertencente ao 1% mais rico cresceu 50%. A renda das demais pessoas caiu a ponto de prejudicar sua alimentação – e aumentar a mortalidade infantil em 16% em determinadas regiões do país. Seu líder fazia discursos cada vez mais inflamados, nos quais se dizia “inimigo do capitalismo”. Essa nação era a Alemanha. Seu líder, Adolf Hitler. A consequência, a Segunda Guerra Mundial.

OS 67 ULTRARRICOS DO MUNDO (EM DÓLARES)

01- Bill Gates – US$ 80,9 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

02- Carlos Slim Helu & Família – US$ 78,7 BILHÕES – AMÉRICA MÓVIL – México

03Warren Buffett – US$68,4 BILHÕES – BERKSHIRE HATHAWAY (Investimentos) – Estados Unidos

04- Amancio Ortega – US$ 58,1 BILHÕES – ZARA – Espanha

05- Larry Ellison – US$ 48,8 BILHÕES – ORACLE (Software) – Estados Unidos

06- Charles Koch – US$ 41,9 BILHÕES – KOCH INDUSTRIES – Estados Unidos

07- David Koch – US$ 41,9 BILHÕES – KOCH INDUSTRIES – Estados Unidos

08- Christy Walton & Família – US$ 37,9 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

09- Jim Walton – US$ 36,6 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

10- Mark Zuckerberger – US$ 35,5 BILHÕES – FACEBOOK – Estados Unidos

11- Alice Walton – US$ 35,1 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

12- S. Robson Walton – US$ 35,1 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

13- Michael Bloomberg – US$ 34,5 BILHÕES – BLOOMBERG (Mídia) – Estados Unidos

14- Liliane Bettencourt & Família – US$ 34,2 BILHÕES – L’OREAL – França

15- Sheldon Adelson – US$ 32,1 BILHÕES – DONO DE CASSINOS – Estados Unidos

16- Li Ka-Shing – Us$ 31,3 BILHÕES – PORTOS E EMPRESAS DE PLÁSTICO – Hong Kong

17- Stefan Persson – US$ 30,4 BILHÕES – H & M (ROUPAS) – Suécia

18- Bernard Arnault & Família – US$ 30,2 BILHÕES – LVMH (LOUIS VUITTON) – França

19- Larry Page – US$ 29,9 BILHÕES – GOOGLE – Estados Unidos

20- Sergey Brin – US$ 29,5 BILHÕES – GOOGLE – Estados Unidos

21- Jeff Bezos – US$ 26,9 BILHÕES – AMAZON – Estados Unidos

22- Carl Icahn – US$ 25,5 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

23- Michele Ferrero & Família – US$ 25 BILHÕES – GRUPO FERRERO (CHOCOLATES) – Itália

24- George Soros – US$ 24 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

25- David Thomson & Família – US$ 24 BILHÕES – THOMSON REUTERS (MÍDIA) – Canadá

26 – Forrest Mars Jr. – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. (CHOCOLATES) – Estados Unidos

27- Jacqueline Mars – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. – Estados Uniddos

28- John Mars – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. – Estados Unidos

29- Aliko Dangote – US$ 23 BILHÕES – DANGOTE GROUP (AÇÚCAR) – Nigéria

30- Lee Shau Kee – US$ 22,4 BILHÕES – DONO DE HOTÉIS E IMÓVEIS – Hong Kong

31- Steve Ballmer – US$ 22,3 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

32- Mukesh Ambani – US$ 21,8 BILHÕES – RELIANCE INDUSTRIES (ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES) – Índia

33- Al-Waleed Bin Talal Alsaud – US$ 21,5 BILHÕES – FAMÍLIA REAL – Arábia Saudita

34- Jorge Paulo Lemann – US$ 21,5 BILHÕES – 3G CAPITAL (CONTROLADORA DA AMBEV – BEBIDAS) – Brasil

35- Phil Knight – US$ 21,4 BILHÕES – NIKE – Estados Unidos

36- Michael Dell – US$ 21,1 BILHÕES – DELL – Estados Unidos

37- Jack Ma – US$ 21 BILHÕES – ALIBABA GROUP (COMÉRCIO ELETRÔNICO) – China

38- Len Blavatnik – US$ 19,7 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

39- Dilip Shanghvi – US$ 17,9 BILHÕES – SUN PHARMACEUTICAL INDUSTRIES – Índia

40- Leonardo Del Vecchio – US$ 17,8 BILHÕES – LUXOTTICA (ÓCULOS) – Itália

41- Alisher Usmanov – US$ 17,5 BILHÕES – USM HOLDINGS (MINERAÇÃO) – Rússia

42- Tadashi Yanai & Família – US$ 17,1 BILHÕES – FAST RETAILING (VAREJO) – Japão

43- Paul Allen – US$ 17 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

44- Masayoshi Son – US$ 16,8 BILHÕES – SOFTBANK – Japão

45- Michael Otto & Família – US$ 16,6 BILHÕES – OTTO GMBH & CO (VAREJO) – Alemanha

46- LAURENE POWELL JOBS & FAMÍLIA – US$ 16,6 BILHÕES – APPLE, DISNEY – Estados Unidos

47- Theo Albrecht Jr. & Família – US$ 16,5 BILHÕES – TRADER JOE’S (VAREJO) – Alemanha

48- Charles Ergen – US$ 16,2 BILHÕES – DISH NETWORK (TV POR ASSINATURA) – Estados Unidos

49- Robin Li – US$ 16,1 BILHÕES – BAIDU (INTERNET) – China

50- Gina Rinehart – US$ 15,9 BILHÕES – HANCOCK PROSPECTING (MINÉRIOS) – Austrália

51- Anne Cox Chambers – US$ 15,8 BILHÕES – COX ENTERPRISES (MÍDIA) – Estados Unidos

52- Mikhail Fridman – US$ 15,7 BILHÕES – ALFA-BANK – Rússia

53- Joseph Safra – US$ 15,5 BILHÕES – BANCO SAFRA – Brasil

54- Viktor Vekselberg – US$ 15,4 BILHÕES – RENOVA GROUP (ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES) – Rússia

55- Susanne Klatten – US$ 15,3 BILHÕES – BMW – Alemanha

56- Donald Bren – US$ 15,3 BILHÕES – IRVINE COMPANY (IMÓVEIS) – Estados Unidos

57- Ray Dalio – US$ 15,2 BILHÕES – BRIDGEWATER ASSOCIATES  (INVESTIMENTOS) – Estados Unidos

58- Luis Carlos Sarmiento – US$ 15,1 BILHÕES – GRUPO AVAL (BANCO) – Colômbia

59- Pallonji Mistry – US$ 15,1 BILHÕES – SHOPOORJI PALLONJI GROUP (CONSTRUÇÃO) – Índia/Irlanda

60- Azim Premji – US$ 15,1 BILHÕES – WIPRO (TECNOLOGIA) – Índia

61- German Larrea Mota Velaco & Família – US$ 14,8 BILHÕES – GRUPO MEXICO (MINERAÇÃO) – México

62- Dieter Schwarz – US$ 14,7 BILHÕES – SCHWARZ GROUP (VAREJO) – Alemanha

63- Ma Huateng – US$ 14,7 BILHÕES – TENCENT (INTERNET) – China

64- Harold Hamm – US$ 14,6 BILHÕES – CONTINENTAL RESOURCES (ENERGIA) – Estados Unidos

65- Lui Che Woo – US$ 14,5 BILHÕES – GALAXY ENTERTAINMENT (HOTÉIS E CASINOS) – Hong Kong

66- Thomas & Raymond Kwok & Família – US$ 14,5 BILHÕES – SUN HUNG KAI PROPERTIES (IMÓVEIS) – Hong Kong

67- Lakshmi Mittal – US$ 14,5 BILHÕES – ARCELORMITTAL (MINERAÇÃO E AÇO) – Índia

Fonte: Revista SUPER INTERESSANTE - Edição Impressa

Observação: vale a pena ler o artigo na revista, pois há infográficos de excelente didática e qualidade sobre esse assunto, confira!
Postado por Padre Telmo Figueiredo 

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