quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Administração de Itaituba precisa agir para evitar que tirem mais um pedaço, além dee riquezas do município

Essa historia da comunidade de Santarenzinho pertencer ao município de Rurópolis é o maior absurdo que surgiu nos últimos anos e não passa de mais uma manobra ardilosa para atender aos interesses de algumas empresas que estão se estabelecendo na região
Se essa ação se confirmar, será mais um golpe na escala inexorável da dilapidação das riquezas de Itaituba, processo que começou com a exploração dos garimpos, quando no auge da produção de ouro, Santarém que nunca teve um garimpo, chegou  movimentar um comércio de compra de ouro igual a Itaituba.
Como naquela época o garimpeiro não precisava comprovar a origem do produto, o imposto ficava com o nosso vizinho, enquanto as mazelas  produzidas pelos garimpos ficaram todas com Itaituba. 
Mais recentemente veio a fase da extração de madeira, que também ajudou a encher os bolsos de muitos empresários que se aproveitaram da fragilidade na fiscalização, tiraram toda a madeira que puderam, e outra vez coube ao município arcar com o passivo ambiental gerado por essa atividade. 
Agora a ganancia dessa gente se volta contra o território Itaitubense numa tentativa explicita de grilagem de terras e, um detalhe que chama a atenção é que esse absurdo ainda encontra eco entre alguns empresários e até políticos de Itaituba.  
Outro ponto que merece consideração é a forma como o governo municipal tem lidado com essa questão. Essa manobra começou há mais de  dois anos e as nossas autoridades já deveriam ter resolvido esse problema, pois o município já está perdendo receitas.
A exemplo de Santarém, na época do ouro, Rurópolis agora também trilha o mesmo caminho, e já está embolsando os benefícios com a geração de impostos, e os problemas sociais ficarão para Itaituba.
A administração municipal precisa ficar atenta à outra situação que será criada com a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós. O município de Trairão também está se articulando para abocanhar a maior fatia dos royalties que virão da hidrelétrica, alegando os grandes impactos que a cidade de Trairão irá sofrer e a historia tem mostrado até agora os espertalhões acabam se dando bem diante da falta de firmeza dos nossos governantes em defender os interesses do município. 
Só que agora  não se trata apenas de mais uma commodity que  está saindo do município sem deixar lucro, trata-se de uma comunidade que estão querendo desanexar do território do município e permitir esse absurdo seria como que institucionalizar a grilagem de terras.

Weliton Lima, jornalista

Comentário do telejornal Focalizando (TV Tapajoara), quinta, 05/02/14

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