Diego Chaar teria ameaçado 'cortar a cabeça' de frequentadores. Segundo jornal, jovem gritou 'Deus é grande' em árabe aos presentes.
Um brasileiro de 24 anos foi preso em Miami Beach, na Flórida (EUA), após ser acusado de ameaçar membros de uma sinagoga local, chegando a dizer que “cortaria suas cabeças”, de acordo com testemunhas.
G1 - A polícia foi chamada depois de Diego Chaar começou a gritar diante da Congregação Ohev Shalom, fazendo ameaças e repetindo o termo “Deus é grande” em árabe.
De acordo com a emissora “NBC Miami”, uma pessoa que estava na parte de fora da sinagoga chamou a polícia ao se deparar com os gritos de Chaar.
Oficiais chegaram ao local e ouviram o brasileiro, que foi liberado em seguida. No entanto, ele teria voltado ao local e continuado a gritar diante da sinagoga, ameaçando testemunhas e afirmando que “cortaria suas cabeças”.
Dessa vez, Chaar foi preso e acusado de agressão e perseguição. Mesmo assim, segundo a emissora, ele não foi enquadrado no caso do “crime de ódio”.
Em entrevista à NBC, Diego, que se diz adepto da religião islâmica, disse que não fez às ameaças, e que apenas estava tentando converter os frequentadores da sinagoga. “É liberdade de expressão. Deus é grande e não há outro deus senão Alá”, afirmou o brasileiro.
O jornal “local 10” afirmou que conversou com o brasileiro, e relatou que ele teria se convertido ao islamismo na prisão, enquanto cumpria pena de 3 anos por acusações envolvendo drogas. Essa informação não foi confirmada pelas autoridades brasileiras.
“Não quero que queimem no fogo eterno para sempre. Quero ajudá-los, são boas pessoas”, disse Chaar ao jornal. Segundo o “Local 10”, o brasileiro foi detido novamente, desta vez pela Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA.
Em seu perfil no Facebook, o jovem postou uma foto em dezembro do ano passado com os dizeres: "Alá é a razão pela qual, mesmo na dor, eu sorrio. Na confusão, eu compreendo. Na traição, eu confio. E, no medo, continuo a lutar".
O G1 entrou em contato com o Itamaraty a respeito do caso, e o órgão disse que o Consulado do Brasil em Miami “está ciente do caso pela imprensa dos EUA, e que está em contato com as autoridades para averiguar mais informações a respeito do caso”.
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