
E, é nesse cenário de
insatisfação de parte da categoria por não ter conseguido repor nem a parte do
salário corroído pela inflação que varias escolas da rede municipal de ensino
se preparam para eleger novos diretores.
Podem votar professores,
servidores da escola e pais de alunos que se cadastram junto à comissão
eleitoral para ter o direito de participar do processo eleitoral como votantes.
A eleição direta para
diretor é uma conquista do sindicato dos professores que vê nesse processo um
avanço democrático no ambiente escolar. Em tese, a ideia é ótima, porque o
diretor eleito pelo voto direto não fica exposto à perseguição política; além
disso, a comunidade também é envolvida no processo e também em tese deveria ser
mais participativa nas ações da escola.
A questão é que
alguns diretores depois de eleitos esquecem o compromisso que deveriam ter com
a boa gestão e com a execução do projeto pedagógico da escola, mas para não
contrariar aliados, passam a fazer vista grossa para muitas coisas que
acontecem dentro da escola, em detrimento da melhoria da qualidade do ensino.
A estabilidade no cargo
também colabora para a omissão de alguns diretores, o que explica os casos de
violência ocorridos dentro da escola e isso acaba contribuindo para aumentar a
evasão escolar e a consequente perda de clientela que tem feito o senso escolar
encolher a cada ano. Somente nos últimos quatro anos a SEMED contabilizou
quatro mil alunos a menos nas escolas municipais.
Quem consegue estabilidade
num cargo público deve ter como foco a produtividade no seu trabalho, mas na
prática não é isso o que ocorre pois a maioria das pessoas que entra para o
serviço público começa a fazer uma contagem regressiva já pensando na sua aposentadoria.
Jornalista Weliton Lima,
comentário veiculado no Focalizando de quinta-feira, 28/05/2015
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