quinta-feira, junho 11, 2015

Garimpagem com dragas avança no rio Tapajós

A garimpagem no leito do rio Tapajós e seus afluentes avança rapidamente e a destruição da paisagem natural do rio cada vez mais se aproxima de Itaituba.

As dragas que descem o rio já chegaram a São Luiz do Tapajós, comunidade localizada a cerca de cinquenta quilômetros da sede do município, mas o novo eldorado do ouro é no rio Jamaxim, afluente do Tapajós. É lá que estão se concentrando quase todas as dragas que estavam espalhadas pelo Tapajós.  São mais de sessenta trabalhando numa pequena extensão do rio e sem nenhum tipo de fiscalização.  

A voracidade da garimpagem no leito do Tapajós e seus afluentes aumentou em 2013, depois do barulho feito pela secretaria de meio ambiente do estado que prometia na época regulamentar esse tipo de atividade, mas na prática todo estardalhaço acabou em nada.
Os poucos donos de balsas que se legalizaram, hoje disputam o espaço com os clandestinos que preferiram ignorar o decreto do governo que proibiu a garimpagem nos tributários.

Questionada sobre essa atividade ilegal, a SEMMA do município alega que sem o apoio da policia ambiental não há como fiscalizar; já a SEMA estadual continua com o mesmo discurso de sempre, que vai implantar uma representação aqui em Itaituba para facilitar a sua logística de fiscalização, mas o atual secretário não diz exatamente quando isso vai acontecer, e enquanto os órgãos de fiscalização estão parados, as margens do Tapajós e seus afluentes estão sendo destruídas  pela ação das dragas e PCs.

O curioso é que nenhuma voz se levanta para denunciar e cobrar providencia contra esse crime ambiental, até os ribeirinhos estão sendo cooptados pelos donos de dragas e silenciaram. Já os ativistas ambientais, esses só se mobilizam para impedir a construção de hidrelétrica, o resto tudo pode.

Enquanto isso, o Tapajós vai agonizando lentamente...
Weliton Lima, jornalista, comentário do telejornal Focalizando, quinta, 11/06/2015
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Nota do blog: Quando exercia o cargo de deputado federal, o advogado Dudimar Paxiúba cansou de dizer que o senhor José Colares, então secretário de meio ambiente do estado, hoje promovido a secretário de planejamento, não era exatamente um exemplo bem acabado de alguém muito preocupado com o meio ambiente. 

Seu discurso dizia uma coisa, mas, na verdade ele colocava muito pouco daquela conversa mole em prática. Estão aí essas dragas para provar isso. 

Para Colares, elas não fazem mal ao nosso antigamente belo rio Tapajós, do mesmo jeito que elas não causaram nenhum dado ao rio Madeira, de onde veio a maioria delas.

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