
Moacir Bianchi foi assassinado com 22 tiros na
noite de quarta-feira, na zona sul da capital paulista. O caso é investigado
pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Elisabete Sato,
delegada que dirige o DHPP, afirmou ser cedo para apontar a motivação do crime.
Bianchi fundou a Mancha aos 15 anos, em 1983, mas nos últimos anos vinha se
dedicando mais à escola de samba fundada pela torcida. Havia uma disputa entre
os dirigentes da agremiação e integrantes da Mancha pelo controle da
organizada.
Durante os anos 1990, a Mancha se notabilizou pela
violência das brigas em que se envolvia. Em 1995, a torcida chegou a ser
extinta judicialmente depois de promover uma briga com a Independente, torcida
organizada do São Paulo, no Pacaembu, que deixou 110 feridos e um morto. Em sua
página pessoal no Facebook, Bianchi dizia não querer “o rótulo de organizada
mais violenta do Brasil”. “Conseguimos o que queríamos: ser respeitados. Não há
um lugar no Brasil que não respeite a Mancha Verde, torcida principal do
Palmeiras.
Atingimos o nosso objetivo. Só que ninguém pisa na
Mancha...”, escreveu.
O assassinato e o fim da Mancha acontece em um
momento em que os clubes de Rio e São Paulo enfrentam restrições às suas
torcidas. A Final da Taça Guanabara, entre Flamengo e Fluminense, terá torcida
única, por decisão judicial. (O Globo)
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