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Gelson Dill, vice-prefeito de Novo Progresso |
A
MP 756/2016 engessou a agricultura e a pecuária de Novo Progresso, pois ao
aumentar o tamanho do Parque Nacional do Riozinho, tornou ilegais produtores
dessas duas vertentes da produção daquele município, que se encontravam
trabalhando deforma regular há muitos anos.
De
uma hora para outra, quem cria gado ficou impossibilitado de vender o seu
produto para grandes frigoríficos, que não compram porque a criação agora está
acontecendo em área de reserva ambiental.
Novo
Progresso, que tem o maior frigorífico desta região, que gera dezenas de empregos
diretos, fora os indiretos, além de tributos para os cofres do município e do
Estado, viu sua economia sofrer um duro golpe.
Essa
MP 756/16 também prejudica de forma direta o município de Itaituba.
Já
a medida 758/2016, fere de morte a economia de Itaituba, pois inviabiliza a extração
e a comercialização legal de ouro.
Para
que a população possa entender bem o que ocorre com essa MP, foi muito bem
explicada a situação na audiência pública de hoje, tanto pelo vice-prefeito de
Novo Progresso, Gelson Dill, que utilizou um Datashow para facilitar o
entendimento.
Gelson
Dill tem grande conhecimento do assunto, pois desde 2005 acompanha as questões
atinentes às dificuldades que o setor produtivo tem enfrentado desde então, por
conta de medidas unilaterais tomadas pelo governo federal, que tem ouvidos
atentos para as exigências de ambientalistas, mas, que é totalmente surdo
quanto aos cidadãos que vivem nesta parte do Brasil.
Suas
colocações foram bem-feitas e com dinamismo.
Da
mesma forma, o advogado José Antunes, autoridade no que diz respeito à
legislação ambiental, deu sua importante contribuição no esclarecimento das
questões legais.
Gelson
disse que 80,5% do território de Novo Progresso foram transformados em área de
preservação. E por causa dessas últimas medidas, uma área produtiva de 230 mil ha
virou Área de Proteção Ambiental, o que causa grande instabilidade nos setores
de produção e imobiliário.
Ele
informou que a comitiva do município vizinho, que esteve mês passado em
Brasília, visitou os deputados federais e os senadores do Pará, aos quais foi
exposto o problema em todos os seus detalhes.
Os
parlamentares da bancada paraense assumiram compromisso e já arregaçaram as
mangas para que as duas medidas provisórias não passem do jeito que foram
enviadas ao Congresso pelo Palácio do Planalto.
A
primeira providência foi tratar de conseguir vagas para os parlamentares do
Estado nas comissões que irão discutir as duas matérias, pois até aquele
momento, nenhum deles tinha sido incluído, se não como suplente.
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