O Jornal do Comercio perguntou se
ele foi influenciado pela família, para optar pela atividade empresarial, ao
que Felipe respondeu: “Eu nasci no comércio e vivo no comércio desde muito
cedo. Na medida em que eu fui crescendo, fui entendendo que aquilo era da
gente. Hoje, estamos administrando junto com meu pai o que é da família”.
Felipe disse que não sente nenhuma
dificuldade, mesmo porque, a familiaridade que tem com esse segmento do mercado
ajuda muito a lidar com as questões atinentes ao meio. “A gente é do ramo de
farmácia e por isso conhece bem. A família está nesse ramo; além das drogarias
Alvorada, tem meus tios, e há primos, que também trabalham na mesma atividade”.
Nos últimos anos houve muitas
mudanças na maneira como funcionam as farmácias, que passaram a vender diversos
outros produtos. Como não havia uma divisão clara nos setores com produtos
farmacêuticos e os demais produtos, a Anvisa baixou algumas normas que
obrigaram os estabelecimentos a se adequarem, não, sem antes causar um alvoroço
enorme, ao exigir que esses locais só podiam vender remédios.
“Poder vender outros produtos, como
se faz hoje, é fundamental. Esse é um ponto importante que tem contribuído para
que a gente cresça. O medicamento se vende por si só, mas, se você
disponibiliza outros produtos, o cliente acaba vindo até sua loja. Se ele vai
comprar um medicamento, mas, está precisando de outro item que a gente tem, ele
termina vindo até nós. Pode ser um cosmético, um eletrônico ou qualquer outro
produto que a gente venda”, afirmou Felipe.
Quando o governo baixou as normas
que estão em vigência, hoje, determinando mudanças radicais na separação dos
produtos farmacêuticos dos demais, houve
um momento de muita tensão no meio dos proprietários de farmácias, porque não
foi concedido um prazo razoável para que todos se adequassem. Aquele foi um
momento complicado?
“Foi muito complicado para todas as
farmácias, acredito eu, porque ninguém trabalhava somente com medicamentos, e
de uma hora para outra o governo baixou uma normal vetando isso; não foi fácil.
No nosso caso, visando sempre oferecer o melhor para nosso cliente, entramos
com um pedido de liminar, a qual foi concedida. Hoje, isso está regulamentado”,
respondeu Felipe.
Outro ponto que tem sido motivo de
discussão para muitos donos de farmácia, mas, que o grupo Alvorada já resolveu
faz tempo é a presença de farmacêutico. “Sim, já resolvemos isso há bastante
tempo. Aqui, na 23ª Rua com S. José, tem farmacêutico durante seis horas, e na
Drogaria Alvorada da 7ª Rua com a 13 de Maio, que vende psicotrópicos, o
expediente do profissional é de oito horas” afirmou Felipe.
Expansão - “Eu estive
conversando com meu pai sobre isso. Como a gente cresceu bastante em Itaituba,
chegou a hora de pensar em expandir para outros mercados, e temos conversado
sobre isso. Vamos analisar tudo com tranquilidade, e conforme for, poderemos
crescer para Campo Verde, ou Moraes de Almeida ou Novo Progresso, sempre dentro
do ramo de farmácia” falou Felipe.
Crise – Com referência à
crise, Felipe entende ela ainda é menos grave em Itaituba do que na maior parte
do Brasil. “A crise existe, e não dá para negar isso. Porém, quando se faz uma
comparação com o que acontece com o país, de um modo geral, aqui a gente tem
sentido menos, principalmente por conta da produção de ouro. Temos sentido
mais, nas últimas semanas, por causa do fechamento de uma grande compradora de
ouro. Mas, quando conversamos com os vendedores que nos visitam, eles são
unânimes em afirmar que em Itaituba a situação é menos grave do que por aí
afora por onde eles andam” finalizou. Na edição 229 do Jornal do Comércio
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