domingo, setembro 03, 2017

Foi no Jornal do Comércio que comecei a escrever

           Marilene Parente -  Até o momento em que o Jornal do Comércio passou a existir, eu só havia produzido textos nos meus tempos de estudante. Principalmente durante os anos do curso de Direito na cidade de Santo André, no ABC, na grande São Paulo, onde fiz minha graduação. Logo depois, passei a trilhar o caminho das vendas, indo parar no setor de seguros do Bradesco, bem diferente do que o curso que fiz parecia indicar o meu futuro.
            Com o Jornal do Comércio passei a ter oportunidade de comunicar minhas ideias e os meus pontos de vista com o público, pois além da divulgação nesse periódico que ajudei a criar com meu marido, os meus textos foram parar bem longe graças ao milagre da internet.
            Durante os doze últimos anos, quase que invariavelmente, a página 14 do Jornal do Comércio tem sido preenchida com o artigo de minha autoria, o que ajudou a tornar-me uma pessoa conhecida por boa parte da comunidade itaitubense.
            Depois de um começo tímido, receando não ser bem recebida pelo público leitor, aos poucos fui recebendo retorno dos leitores, que passaram a comentar os temas sobre os quais eu escrevo. Isso teve um alcance muito maior do que eu poderia imaginar, e também passou a significar que eu passava a ter um compromisso de escrever em todas as edições, porque passei a ser cobrada. Inclusive, com frequência recebo sugestões para escrever sobre esse ou aquele assunto.
            Esse evento despretensioso em minha vida levou-me a pensar em expandir esse trabalho, aproveitando essa ferramenta maravilhosa que é a internet, que faz coisas incríveis, tanto para o bem, quanto para o mal. No meu caso, uso inteiramente para tentar fazer o bem.
            Estou trabalhando na montagem de um blog cujo nome está ainda para ser decidido, escolhido entre algumas sugestões apresentadas. Grande possibilidade de vir a ser Marilene Parente em Família, pois a maioria dos meus artigos tem tratado de questões comportamentais da família de um modo geral. Mas, seja que nome for, o blog será uma consequência direta do Jornal do Comércio, pois se ele não existisse, é muito provável que eu nunca tivesse tomado a iniciativa de produzir artigos.
            Não é fácil fazer jornal impresso. Sobretudo porque, em uma cidade na qual, quando o JC começou, havia uma fama enorme de que jornal tinha vida curta por aqui, porque as pessoas não tinham o habito da leitura. Mas, alguém precisava ter a coragem de encarar o desafio de contribuir para que esse costume fosse mudado. E falsa modéstia à parte, a gente tem ajudado a vencer essa barreira.
            O Jornal do Comércio é o mais longevo periódico em circulação na história recente do município de Itaituba. E para chegar aqui tivemos que vencer muitos obstáculos, e nem sempre tem sido fácil sobreviver a tantas vicissitudes. Porém, nossa determinação, juntamente com o apoio dos nossos anunciantes e dos leitores, que nunca nos faltou, não nos permitiram fraquejar.
            O nosso jornal tem permitido fazer chegar a centenas de lares, discussões sobre comportamentos de um modo geral, mas, tendo como enfoque principal as questões atinentes à família. São problemas que todos nós temos, os quais devem ser discutidos, em vez de se jogar para baixo do tapete.
            Já houve quem me perguntasse se eu não tenho problemas na minha família, e eu respondi e respondo que, família só muda de endereço, pois imaginar que exista uma sem nenhum problema é pura utopia. Quem conhecer uma, avise-me por favor. Mas, são problemas de uma família comum, que podem e devem ser administrados, pois quem não consegue fazer isso, já perdeu o controle, e aí, é rezar para Deus ajudar e encontrar uma saída.
            Espero poder continuar tratando de temas do comportamento humano por muito mais tempo. E que o Jornal do Comércio tenha vida longa, para continuemos a dispor desse veículo que tem hoje o respeito de Itaituba.

Muito obrigado. Continuem lendo a página 14, e todo o Jornal do Comércio.

Artigo da edição 233, comemorativa aos doze anos do Jornal do Comércio

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