Marilene Parente - Até o momento em que o Jornal do
Comércio passou a existir, eu só havia produzido textos nos meus tempos de
estudante. Principalmente durante os anos do curso de Direito na cidade de
Santo André, no ABC, na grande São Paulo, onde fiz minha graduação. Logo
depois, passei a trilhar o caminho das vendas, indo parar no setor de seguros
do Bradesco, bem diferente do que o curso que fiz parecia indicar o meu futuro.
Com o Jornal do Comércio passei a
ter oportunidade de comunicar minhas ideias e os meus pontos de vista com o
público, pois além da divulgação nesse periódico que ajudei a criar com meu
marido, os meus textos foram parar bem longe graças ao milagre da internet.
Durante os doze últimos anos, quase
que invariavelmente, a página 14 do Jornal do Comércio tem sido preenchida com
o artigo de minha autoria, o que ajudou a tornar-me uma pessoa conhecida por
boa parte da comunidade itaitubense.
Depois de um começo tímido, receando
não ser bem recebida pelo público leitor, aos poucos fui recebendo retorno dos
leitores, que passaram a comentar os temas sobre os quais eu escrevo. Isso teve
um alcance muito maior do que eu poderia imaginar, e também passou a significar
que eu passava a ter um compromisso de escrever em todas as edições, porque
passei a ser cobrada. Inclusive, com frequência recebo sugestões para escrever
sobre esse ou aquele assunto.
Esse evento despretensioso em minha
vida levou-me a pensar em expandir esse trabalho, aproveitando essa ferramenta
maravilhosa que é a internet, que faz coisas incríveis, tanto para o bem,
quanto para o mal. No meu caso, uso inteiramente para tentar fazer o bem.
Estou trabalhando na montagem de um
blog cujo nome está ainda para ser decidido, escolhido entre algumas sugestões
apresentadas. Grande possibilidade de vir a ser Marilene Parente em Família,
pois a maioria dos meus artigos tem tratado de questões comportamentais da
família de um modo geral. Mas, seja que nome for, o blog será uma consequência
direta do Jornal do Comércio, pois se ele não existisse, é muito provável que
eu nunca tivesse tomado a iniciativa de produzir artigos.
Não é fácil fazer jornal impresso.
Sobretudo porque, em uma cidade na qual, quando o JC começou, havia uma fama
enorme de que jornal tinha vida curta por aqui, porque as pessoas não tinham o
habito da leitura. Mas, alguém precisava ter a coragem de encarar o desafio de
contribuir para que esse costume fosse mudado. E falsa modéstia à parte, a
gente tem ajudado a vencer essa barreira.
O Jornal do Comércio é o mais
longevo periódico em circulação na história recente do município de Itaituba. E
para chegar aqui tivemos que vencer muitos obstáculos, e nem sempre tem sido
fácil sobreviver a tantas vicissitudes. Porém, nossa determinação, juntamente
com o apoio dos nossos anunciantes e dos leitores, que nunca nos faltou, não
nos permitiram fraquejar.
O nosso jornal tem permitido fazer
chegar a centenas de lares, discussões sobre comportamentos de um modo geral,
mas, tendo como enfoque principal as questões atinentes à família. São
problemas que todos nós temos, os quais devem ser discutidos, em vez de se
jogar para baixo do tapete.
Já houve quem me perguntasse se eu
não tenho problemas na minha família, e eu respondi e respondo que, família só
muda de endereço, pois imaginar que exista uma sem nenhum problema é pura
utopia. Quem conhecer uma, avise-me por favor. Mas, são problemas de uma
família comum, que podem e devem ser administrados, pois quem não consegue
fazer isso, já perdeu o controle, e aí, é rezar para Deus ajudar e encontrar
uma saída.
Espero poder continuar tratando de
temas do comportamento humano por muito mais tempo. E que o Jornal do Comércio
tenha vida longa, para continuemos a dispor desse veículo que tem hoje o
respeito de Itaituba.
Muito obrigado. Continuem lendo a página 14, e
todo o Jornal do Comércio.
Artigo da edição 233, comemorativa aos doze anos do Jornal do Comércio
Artigo da edição 233, comemorativa aos doze anos do Jornal do Comércio
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