Não gosto, nem da esquerda, nem da
direita. Da direita reacionária e da esquerda reacionária, pois os extremos se
tocam.
A
esquerda, que governou o País até recentemente, “sabe tudo”. Quer me ensinar a
criar os meus filhos, mesmo não sabendo como criar os seus; quer mudar a ordem
natural das coisas com essa famigerada Ideologia de Gênero, criada por uma
americana chamada Judith Butler, que tenta impor suas ideias ao mundo, venerada
pela esquerda.
A esquerda fez o milagre de tirar
milhões de brasileiros da miséria para depois colocar quase toda a nação em
situação de indigência, mergulhando o Brasil na mais profunda recessão da nossa
história; a esquerda alinhou-se a regimes como de Hugo Chaves e depois Nícolas
Maduro, da Venezuela e Fidel e Raul Castro, de Cuba, que tem pouca coisa a nos
ensinar.
A esquerda vendeu um projeto de
felicidade geral que foi comprado, principalmente, pelos milhões de irmãos
brasileiros que em decorrência de problemas históricos relacionados com a má
distribuição de renda, em função, dentre outros fatores, da sofrível educação,
que nunca priorizou cursos técnicos profissionalizantes, como há muito tempo
fazem países desenvolvidos.
Não
gosto da direita porque quer controlar minha vida e, assim como a esquerda,
acha que sabe o que é melhor para mim, às vezes, até a hora em que devo chegar
em casa.
Eu
vivi nos dois regimes. Confesso que não sinto saudades de nenhum dos dois. A
direita, protagonizada pela ditadura militar, teve algo que faz muitos
brasileiros que não vivenciaram os excessos dos governos militares sentirem
saudades de algo que nem conheceram, assim como saudosistas que se beneficiaram
do regime, ou, quem apoiam regimes de exceção.
Na
direita eu não tinha liberdade para fazer nem o meu trabalho; era patrulhado por
todos os lados, somente porque era um radialista de uma emissora que não
apoiava a ditadura por causa dos seus excessos. Nunca tive inclinação para o
comunismo porque, do mesmo jeito que não gosto que que a direta me diga o que
devo fazer na vida, não tolero a esquerda fazendo a mesma coisa.
Não
gosto da direita porque as instituições democráticas foram todas manietadas
durante a maior parte do tempo em que durou a ditadura militar. Qualquer
organização, ou pessoa que agisse ou pensasse diferente, era considerado
comunista, merecendo o tratamento dado aos inimigos.
A
esquerda e a direita costumam ter fórmulas magicas capazes de resolver todos os
problemas, e eu só gosto de mágicas na TV, pois, não existem milagres na gestão
da coisa pública, sim, capacidade gerencial que inclui austeridade e probidade,
virtudes que não se compra em supermercado.
Políticos,
assim como os seus simpatizantes, sectários de esquerda ou de direita tem
certeza que só eles sabem o que é certo e o que é errado e o que melhor para
todos. E pior do que isso, quem ousa discordar de suas certezas é um alienado.
Sempre
me alinhei, politicamente, mais ao centro. Nunca me agradou nenhum tipo de
sectarismo, seja político, religioso ou de qualquer outra ordem, porque a
história é repleta de fatos que comprovam que o radicalismo tem por costume
levar a conflitos, muitas vez, com muita violência.
Dito
isto, espero que os brasileiros tenham juízo suficiente para eleger um
presidente que seja uma pessoa com alguma experiência na administração pública,
um político capaz de negociar com o Congresso para dar continuidade nas reformas
tão necessárias para que nosso país reencontre o caminho do desenvolvimento
continuado.
Na
campanha eleitoral que está começando oficialmente, espero que a apatia que tomou
conta de uma imensidão de eleitores brasileiros por culpa de tudo que tem
acontecido nos últimos anos na política nacional não faça com que aventureiros
elejam-se para piorar o que já não está bom, mas, isso só será possível se
usarmos a razão, não, a paixão na hora de votar.
Jota
Parente
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