O vereador Wescley Tomaz vivenciou tais momentos na capital do Estado, pairando no ar por algumas horas a dúvida sobre se ele e os demais candidatos do partido iriam disputar a eleição. Caso a direção tivesse insistido na coligação com o Patriotas do deputado estadual Raimundo Santos, os candidatos do PSC desistiriam de participar da eleição, conforme deixaram claro em um documento assinado por dez candidatos tidos como aqueles que tem maiores chances de chegar. Wescley conversou com a reportagem do blog a respeito disso e dos trabalhos na campanha que está para começar oficialmente.
Blog do JParente – Passada a convenção e superadas essas dificuldades, o negócio agora é se concentrar na campanha...
Wescley
– Exato. Fiquei muito feliz com a confirmação do meu nome na
convenção. Mesmo sabendo da força que a gente tem no partido hoje
em dia, forças ocultas externas trabalharam para retirar a nossa
candidatura. Para mim isso serve de combustível para a campanha e
significa que tem pessoas as quais o meu nome incomoda.
Existem
algumas pessoas que ficam querendo comparar o meu mandato com o
mandato de quem já é deputado. Você tem que comparar esse
deputado, se ele teve mandato de vereador, com o nosso mandato de
vereador. Nos meus seis anos na vereança, eu não tenho medo de
comparar com nenhum ex-vereador que tenha virado deputado. O nosso
mandato tem sido participativo e tem nos projetado para um
crescimento político.
A
possibilidade da nossa eleição tem um cenário muito parecido com o
que aconteceu há quatro anos. Agente vai trabalhar para chegar aos
18 mil votos que vão garantir a nossa eleição.
Os
principais adversários do vereador Wescley são também vereadores.
É um vereador de Canaã, um de Parauapebas, um de Santarém, um de
Belém e um de Breves, os quais tem a mesma estrutura que eu tenho.
Eu acredito no nosso grupo e que este ano é o nosso ano.
Wescley
– Sim, foi um momento de muita tensão. De sábado para domingo nós
não dormimos, porque eu trabalho dentro da realidade de que eu não
tenho perspectiva de passar de 20 mil votos, por ter uma estrutura
pequena e ser ainda jovem na política.
Essa
coligação com o Patriotas inviabilizaria a minha candidatura,
porque, de cara eu precisaria ter acima de 25 mil votos, e eu não
sou irresponsável para entrar numa aventura política sem ter
perspectiva de me eleger. Batemos o pé e o nosso líder, Zequinha
Marinho, mais uma vez provou ser um nome honrado, e atendendo às
reivindicações das principais lideranças do partido recuou e o PSC
vai concorrer sozinho com 52 candidatos.
A
oposição tenta desqualificar as nossas contas afirmando que está
errado e que vamos precisar de mais de 25 mil votos. Quem sabe somos
nós do partido, que já fizemos todos os cálculos. Se cada
candidato tiver 3.500 votos, nós já faremos dois deputados. Nosso
objetivo é chegar aos 250 mil votos e eleger três. Duas vagas nós
consideramos garantidas. Vamos trabalhar para alcançar a terceira.
Portanto, nossa candidatura é totalmente viável.
Blog
do JParente – Qual era o grande receio da coligação com o
Patriotas?
Wescley
– Só para vocês entenderem: o Patriotas viria, praticamente com
apenas um candidato que é o deputado Raimundo Santos. Vamos imaginar
que ele trouxesse 50 mil votos. Hoje, nas contas do PSC, nós faremos
pelos menos 170 mil votos. Se o deputado Raimundo Santos viesse com o
Patriotas para a coligação, supondo-se que trouxesse 50 mil votos,
somando-se aos nossos 170 mil votos chegaríamos a 220 mil votos, que
só elegeriam dois deputados, que nós acreditamos eleger sozinhos.
Para chegar ao terceiro deputado eleito, precisaremos passar de 250
mil votos. Se ele viesse, poderia estar tirando a minha cadeira. Hoje
o partido tem seis nomes para brigar por duas vagas, incluindo o
deputado Jacques, que em 2014 foi eleito com 12.900 votos.
Wescley – Sim, estamos prontos e entusiasmados para buscar votos para nós e para os candidatos que apoiamos. O deputado Joaquim Passarinho, que nos deu condições e pernas para percorrer o estado e nos tornarmos o candidato forte que nós somos; nós temos uma parceria local com o colega de partido e parlamento, que é o vereador Júnior Pires, candidato a deputado federal; para senador é Zequinha Marinho, ficando de decidir ainda o segundo voto; para governador, embora eu tenha uma boa relação com o deputado Márcio Miranda, que me fez convites, eu vou seguir a orientação do meu partido, que está coligado ao MDB para o governo do Estado e, logicamente, vou pedir votos para o nosso candidato que é Helder Barbalho. Já para presidente da República, nosso partido indicou o vice na chapa de Álvaro Dias, do Podemos. Agora, é colocar um sapato confortável e buscar os votos.
Blog do JParente – Existe expectativa em torno de uma abstenção grande por conto do descrédito dos políticos. Qual sua visão dessa possibilidade?
Wescley
– Primeiro, gostaria de dizer aos nossos eleitores, que Itaituba
precisa de mais um representante na Assembleia Legislativa, segundo,
deixar de votar não resolve coisíssima nenhuma. O vereador Wescley
tem uma possibilidade muito grande de ganhar a eleição.
O
povo de Itaituba não tem justificativa para não ir às urnas. A
administração municipal está trabalhando como acontece em poucos
municípios do Pará atualmente. A Câmara vem trabalhando. Então,
o eleitor itaitubense tem motivos de sobra para ir às urnas.
Esse
discurso de ficar em casa ou de votar em branco não vai resolver a
vida do município, do Estado ou do Brasil. Os que dizem que não vão
votar são os que estão incomodados com essa realidade. Se você que
é contra todas essas roubalheiras, contra tudo de errado que tem
sido feito por políticos corruptos, deve sair de casa no dia 7 de
outubro para votar.
Os eleitores que concordam com essa bandalheira
toda irão votar novamente nos mesmos de sempre, e vai continuar tudo
do mesmo jeito. O eleitor quando vai comprar qualquer objeto, analisa
nos mínimos detalhes. A mesma coisa deve fazer quanto aos
candidatos. Busque conhecer quem você está pensando em votar.
Jota
Parente
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