O número de exagerado de candidatos a deputado estadual foi um assunto tratado diversas vezes, antes e durante a campanha eleitoral deste ano.
Sábado passado eu discuti esse assunto no meu programa O Assunto é Este, juntamente com o diretor de jornalismo da Tapajoara, Weliton Lima
Estava na cara que isso tinha tudo para dar errado. E deu. Wescley ficou fora por uma merreca de votos e Itaituba deixou de eleger mais um deputado por conta do número absurdo de candidaturas, algumas delas meramente aventureiras.
Perde o município, que deixou de colocar na ALEPA um político sintonizado com o principal pilar da economia local, o garimpo.
Paragominas era, há pouco mais de vinte anos, um verdadeiro Faroeste brasileiro. E como foi que as lideranças locais fizeram para mudar radicalmente o quadro? Jogando as vaidades pessoais para o lado, em favor de um projeto de desenvolvimento do município, que tem funcionado muito bem.
Quando as lideranças da sociedade se dividem, seguindo o ditado que diz: Mateus, primeiro os.meus, quando projetos pessoais se sobrepõem aos interesses coletivos, o resultado é esse.
A consequência da união das forças diversas em Paragominas foi a projeção de algumas de suas lideranças em nível estadual, inclusive, com seguidas partições em equipes de governo.
A consequência da política de cada um por si, de Itaituba é continuarmos distantes de Belém. Na geografia não tem jeito, vamos continuar longe, mas, poderíamos ficar um pouco mais perto das decisões do poder central na capital, se olhássemos a política com outros olhos.
Nesse particular copiamos Santarém, que regrediu e muito nas últimas eleições, por fracionar exageradamente seus votos pelo excesso de candidatos.
Mas, tudo bem. Alguns indivíduos amanheceram sorridentes com a continuação dos seus projetos de poder, enquanto outros choram. E os interesses maiores do município que se danem.
Jota Parente
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