terça-feira, outubro 23, 2018
Para vereador Dirceu Biolchi, Ferrogrão não será problema, mas, sim, solução
Até poucos anos atrás era comum começar o inverno amazônico, primeiramente, na região garimpeira. Final de setembro, começo de outubro, as primeiras chuvas chegavam trazendo o período da entressafra da atividade de produção de ouro e a quase completa intrafegabilidade das rodovias. E não é que este ano começou a chover mais cedo que em anos recentes!
O vereador Dirceu Biolchi, vice-presidente da Câmara Municipal de Itaituba, que mora em Moraes Almeida, em conversa com a reportagem do blog, confirmou a chegada antecipada do inverno e falou sobre as consequências das chuvas.
“Normalmente, as chuvas chegam mais cedo na região de Moraes Almeida, onde moro, do que nesta região de Itaituba. Como nós temos alguns trechos de chão, na BR 163, sendo 70 km entre Moraes e Novo Progresso onde tem empresas mexendo. Nesse trecho a gente tem tido muitas dificuldades por causa do grande número se caminhões e carretas que trafegam por essa rodovia, entre Sinop e Miritituba. Isso causa muitos problemas no tráfego e para nós que moramos naquele distrito.
Quando caem essas chuvas fortes, o distrito de Moraes Almeida fica cheio desses veículos pesados, que dificultam até a circulação da gente que mora lá, ficando muito complicado até para circular usando a rodovia”, disse ele.
A reportagem quis saber do vereador, se tem alguém trabalhando, e como vai o trabalho nesse trecho de chão, entre Moraes e Progresso.
“Existe uma empresa terceirizada pelo 9º BEC, que está trabalhando nesses 70 km. Eu entendo que ela está fazendo um bom trabalho, mas, nesse período chuvoso é muito difícil fazer o trabalhar andar.
Tem esse trecho que vai de Miritituba a Moraes Almeida, no qual o DNIT fez uma recuperação até o Caracol, que ficou muito boa. Já o pedaço que vai do Aruri até Moraes está em condições precárias. Existe um grande número de buracos que tem causado muitos acidentes. É difícil para a gente andar até mesmo de camionete. É um trecho de 90 km, que a gente gostaria de saber se o DNIT vai fazer alguma melhoria.
Nem todo inverno é igual, mas, há expectativa de muita chuva nesse que está chegando. O movimento dos caminhões vai, no mínimo, triplicar quando chegar a safra, porque agora as pessoas acham que estão trafegando muitos caminhões. Estamos na entressafra. De fevereiro a julho, quando chegar a safra, e durante um bom tempo poderá ser inverno pesado, aí é que a gente vai ver caminhão nessa rodovia. Quando chove, os caminhões não andam. É muito preocupante. Enquanto não resolver totalmente a questão do asfalto, vamos enfrentar esse tipo de problemas”, disse Dirceu.
Sobre a Transgarimpeira, o vereador disse estar tranquilo.
“A gente está muito satisfeito com referência à Transgarimpeira, que de uns quatro anos para cá não ficou mais intrafegável. Passam, inverno e verão, caminhões, carros pequenos, ônibus e tudo mais, o que faz com que não haja problema de abastecimento da região garimpeira. A gente conseguiu uma patrulha mecaniza junto ao governo do Estado que proporcionou o piçarramento das ladeiras, o que ajudou muito. Agradecemos o empenho do deputado Hilton Aguiar e do prefeito Valmir Clímaco e o governador Simão Jatene. Foi um projeto meu. A gente conseguir ir de Moraes ao Crepurizão em apenas três horas e meia de viagem, distância de 200 km”, afirmou ele.
Para o vereador Dirceu Biolchi, a Ferrogrão, que causa temor a diversas pessoas, incluindo muitos empresários e alguns vereadores, será uma boa obra que não vai acabar com o movimento da BR 163.
“Eu vejo o aumento da movimentação na rodovia BR 163, de Sinop até Miritituba com um misto de alegria e preocupação. Alegria porque percebe-se quantos negócios foram montados por conta disso; preocupação porque está ficando cada vez mais difícil viajar por essa rodovia federal, em virtude do cada vez maior número de carros pesados transportando grãos.
Como empresário, sinto que dentro de três ou quatro anos, se não houver uma alternativa como a Ferrogrão, vai ficar quase impossível trafegar pela BR 163. Hoje, já está complicado, e o movimento aumentada a cada dia. Sem a Ferrogrão, a 163 vai virar um caos. Para mim, em vez de ser um problema, essa ferrovia será uma solução” finalizou Dirceu.
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