Na
Tribuna da
Câmara,
hoje, naturalmente, não houve
outro assunto que
não tenha sido
a eleição de domingo passado. O
vereador Diego Mota
fez uma avaliação do
pleito, afirmando que houve muita divisão, muitas candidaturas em
Itaituba.
Diego
-
A
minha avaliação é
que
Itaituba ela ficou muito dividida e perdeu com isso. Nós
tivemos
a chance de fazer três deputados estaduais.
Claro, estamos contentes com a vitória do Hilton, embora ele tenha
recebido
uma votação menor que
na eleição passada.
É
Preciso registrar isso; estou
feliz
com a vitória do meu candidato a
estadual,
que é
o deputado
Eraldo Pimenta,
mas, poderíamos
ter eleito
nosso colega Wescley
Tomaz,
o
que seria muito bom porque Wescley,
nascido
neste município teria
boas propostas para a gente.
A
notícia ruim foi perder nossa
principal
representação federal
que é
o
deputado
Chapadinha
que
colocou mais
de R$
20 milhões aqui para o prefeito Valmir Clímaco
trabalhar. Deixa
um legado de
trabalho.
Essa
semana mesmo, ontem, chegou um
mamógrafo de um milhão de reais; então, a gente perde com a saída
do Chapadinha.
Fiquei
triste com ele e
por ele;
vamos agora para o segundo turno com o nosso Governador Helder,
apoiando
para que ele seja eleito,
na esperança de que ele seja um interlocutor entre os nossos
deputados e o prefeito Valmir.
De
maneira geral eu acredito que o povo deu um recado bem-dado para os
políticos. A renovação na Assembleia Legislativa e no Congresso
Nacional mostra que o eleitor está atento e que ele está dizendo:
olha, quem manda sou eu; se você não andar na linha, aguarde.
Basta ver que as grandes oligarquias políticas,
tradicionais caciques políticos ficaram de fora por conta dessa
revolta da população. A gente acredita que será um novo momento na
política. Na
Câmara
Municipal também vai ter uma reviravolta. Tivemos
a
eleição de uma nova
mesa diretora que vem com uma nova proposta de trabalho. Vamos
aguardar as movimentações a partir do segundo turno.
Blog
do JP - Sempre
que alguma coisa dá
errado,
tem que se achar um culpado. No
caso, pela segunda vez consecutiva, Santarém com
mais de 200 mil eleitores
não
consegue
eleger um deputado estadual. Federal, Chapadinha não se reelegeu.
Somente o deputado estadual Faleiro, cujo domicílio eleitoral é lá,
elegeu-se. Com você viu isso?
Diego
– O
deputado Airton Faleiro pegou aquele grupo ali que trabalhava com o
Zé Geraldo e conseguiu se eleger federal.
Santarém tem esse problema tradicional que
são muitas candidaturas, que entram
uma para atrapalhar a
outra.
Foi
o que aconteceu com o
deputado Chapadinha.
Teve
a candidatura do Henderson Pinto
que
acabou atrapalhando muito, pois
embora ele tenha sido bem votado, nenhum dos dois chegou. Mas, isso é
democracia, onde
cada um pode votar e ser votado. Também
tivemos uma
grande
abstenção
em todos os lugares; aqui em Itaituba foi
de
32%, que
é um
número. Além
dos
votos anulados e os brancos, 7000 votos aqui em Itaituba. Somente
só
45 mil votos foram válidos foram
registrados aqui. Então,
o eleitor perdeu o interesse de voltar
em
algum candidato.
Blog
do JP - Ainda
com referências a questão de liderança. Já
tivemos aqui na região, nomes como
Ronaldo Campos graça, Ubaldo Corrêa, Lira
Maia, só para lembrar de algumas. Hoje há um vácuo de lideranças,
ausência de
figuras
que consigam
chamar atenção, cativar
o eleitor. Não é por aí?
Diego
–
Sim, é por aí, mesmo. A
diferença entre líder e chefe, é que o
líder convida e convence
as pessoas a
segui-lo, enquanto o chefe manda, mas, nem sempre é obedecido.
E é isso que está
faltando na política, mesmo.
Blog
do JP – O Pará perdeu, e nossa região perdeu muito com a não
reeleição do senador Flexa Ribeiro, que sempre recebeu seus
conterrâneos muito bem, sem perguntar de que partido era. E
perdemos a chance de ter um suplente daqui de Itaituba.
Vários
vereadores de Itaituba são testemunhas a preocupação de Flexa com
seu estado...
Diego
– Perder o senador Flexa Ribeiro
é muito ruim. Digo
que é péssimo.
Toda
vez que nós procuramos, ele nos
abriu as portas; quando ameaçaram fechar órgãos
federais aqui na região, ele
nos ajudou,
quando nós buscamos o
apoio dele
para trazer um curso de aprimoramento do Interlegis,
ele
viabilizou,
e
as vezes que eu fui a Brasília, as
portas estiveram
sempre abertos.
Vai fazer muita falta para todos os paraenses,
os quais ele tem representado muito bem. Confesso
que eu trabalhei para o Flexa,
por tudo que disse antes, e
para o Jarbas, que foi
presidente da OAB Pará,
porque
eu
acreditei
muito nas propostas dele seria um candidato de renovação. Mas,
enfim, o
senador Flexa Ribeiro vai fazer muita falta.
Blog
do JP – Agora temos pela frente o segundo turno...
Diego
– Segundo turno para governador, vou continuar onde já estive no
primeiro turno, trabalhando muito para eleger Helder, por considerar
ser o melhor para o nosso estado, e para presidente,
entendo
que a proposta de Haddad é a melhor para a região Norte do Brasil,
e por isso devo pedir votos para ele.
Blog
do JP - Comparando
com a
eleição
passada, o deputado Eraldo Pimenta Aumentou a votação dele em
Itaituba, talvez não
como se esperava, mas, a
concorrência foi
muito grande. Já
o deputado
Hilton Aguiar viu
sua votação
diminuir
consideravelmente, cerca
de 5000 votos. A
que se deve essa queda?
Diego
-
Eu
acredito que essa queda na votação do deputado Hilton se deve muito
à
conjuntura do
momento. O
deputado
Hilton Aguiar
abraçou um candidato a governador
que é desconhecido na
nossa região, e nós sabemos da
grande preferência de
Itaituba, que deu
55% de
votos
para o Helder; além
disso, o
prefeito Valmir Clímaco,
até algumas semanas atrás também era um tanto duvidoso, mas, ele
depois
abraçou a causa do Helder.
Blog
do JP - Voltando ao
nosso arraial
político,
tivemos recentemente a eleição para presidente da Câmara, que
apesar de vereadores
terem
dito alguns dias depois, que não ficaram feridas, sempre
fica alguma sequela. Não
adianta achar que não. Daqui
a pouco nós teremos a virada de ano e
um novo legislativo.
Vão
começar as conversas para o próximo pleito. Quais são as suas
expectativas para a virada do ano, quando a câmera iniciar
suas atividades em 2019?
Diego
-
Eu
tenho expectativa de que mais uma vez nós teremos uma campanha
antecipada em Itaituba. Isso
já começou a se desenhar nessa eleição para presidente. Apesar
da
minha esperança de que haja maturidade dos colegas, eu sei que a
partir de agora nós devemos ter uma
situação
bem diferente, talvez com um
time de oposição na Câmara. Nós
estamos preparados para
isso.
A
minha intenção é de continuar acompanhando o prefeito Valmir. Eu
acredito que ele precisa de sustentação aqui na Câmara
para o seu trabalho, e reconheço o quanto que ele já fez por
Itaituba, com
os meus requerimentos atendidos, embora a gente já tenha
tido
algumas pendências pessoais. Mas, eu acredito que a causa maior deve
ser
a cidade, cujo
interesse
deve superar tudo isso. As
diferenças fazem parte dos debates e da essência do Parlamento,
mas, devemos evitar a discórdia, a cisão,
que é o caminho para
gerar
uma instabilidade política na cidade, que
não bom para ninguém.
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